O médico infectologista Francisco Cardoso, que defendeu o uso de cloroquina para tratamento precoce da Covid-19 na CPI da Covid no Senado, representará São Paulo no Conselho Federal de Medicina. As informações são do UOL.
A eleição, que ocorreu nesta quarta-feira (7), foi polarizada e teve a participação de médicos de todos os estados e Distrito Federal. A chapa de Cardoso, que se autointitulou como a "única chapa de direita para o CFM" venceu com 37,97% dos votos válidos. O médico terá um mandato de cinco anos. A pediatra Melissa Palmieri ficou em segundo lugar com 34,13%. A Chapa 1 - Por Uma Categoria Médica Mais Forte teve 15,25% e a Chapa 4 - Experiência e Inovação,12,64.
Em junho de 2021, o infectologista contrariou à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao defender o uso de hidroxicloroquina em sessão no Senado Federal: "De todos os remédios testados, o que apresentou inicialmente o melhor desempenho foi a cloroquina e sua prima farmacológica, a hidroxicloroquina", disse.
A eleição virou caso de polícia devido ao envio de mensagens nas redes sociais sem autorização que imitavam comunicados institucionais pedindo voto. Além disso, profissionais receberam SMS de número desconhecido pedindo apoio. ""Conselho Federal de Medicina 2024: Chapas de SP que votaram no L (13): 1,3 e 4. Única chapa anti-(L-13): 2. Apoie chapa 2: dias 06/07 agosto", dizia o texto da mensagem.
Em julho, o CFM acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a situação. Cardoso negou ter disparado as mensagens. O CFM elabora resoluções que regem a atuação médica, por isso a eleição é importante. Eles aprovaram a proibição da assistolia fetal, procedimento usado em interrupções de gravidez com mais de 22 semanas. Uma restrição poderia dificultar o acesso a abortos nas situações previstas em lei.
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