No Brasil, 51% das crianças do 4º ano do ensino fundamental não dominam habilidades básicas de matemática, como fazer tabuada, interpretar gráficos simples ou somar e subtrair números de três algarismos (200 – 150 ou 300 + 120, por exemplo). Os resultados, divulgados nesta quarta-feira (4) pela Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), são do Estudo Internacional de Tendências em Matemática e Ciências (Timss, em inglês).
Na escala do Timss, a média do Brasil em matemática, entre os alunos de 9 anos, foi de 400 pontos, ficando à frente de apenas três dos 64 países participantes: Marrocos, Kuwait e África do Sul. Comparado ao resultado geral das demais nações (503 pontos), o Brasil está três anos escolares atrás delas. As provas são aplicadas a cada quatro anos desde 1995, e esta foi a primeira participação do Brasil no exame.
O estudo também mostrou que o Brasil está atrasado em relação ao que é esperado para o ensino fundamental II. Mais de 60% dos jovens brasileiros não alcançaram nem o nível mais baixo na escala geral, o que significa que eles não sabem lidar com formas básicas (como círculo e quadrado) e suas representações visuais, não entendem relações lineares de proporção, não conseguem determinar o lado de um polígono e não são capazes de interpretar informações em gráficos.
A média brasileira foi de 378 pontos, à frente apenas do Marrocos, e o país foi ultrapassado por nações como Irã, Uzbequistão, Chile, Malásia, Arábia Saudita, África do Sul e Jordânia. Entre os 5% de brasileiros com pior desempenho, o rendimento mais alto foi de 243 pontos, representando casos em que os jovens basicamente não souberam responder a nada.
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