Dois suspeitos de envolvimento na morte de Vinicius Gritzbach, delator do PCC executado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, foram liberados pela Justiça neste sábado (7) após audiência de custódia. Segundo o Metrópoles, isso se deu por uma suposta ilegalidade na prisão.
Henrique Soares Brito Soares, de 23 anos, e seu tio Allan Pereira Soares, 44, foram presos na tarde de sexta (6), na capital paulista, após uma denúncia anônima recebida pela Polícia Militar. Porém, após pedido do Ministério Público, eles tiveram a prisão relaxada com a justificativa de que a versão policial sustentaria com o que foi apresentado nos autos do processo.
Segundo a denúncia, Henrique seria o responsável por guardar armas e munições em casa. Policiais militares então atenderam a ocorrência e foram até o endereço informado e encontraram um veículo destrancado na frente do imóvel. Dentro dele, segundo depoimento, estaria uma sacola com munições.
O veíuclo pertencia a Allan Pereira, tio de Marcos. Ele negou o crime e afirmou que não viu a entrada dos policiais no carro. De acordo com ele, quando chegou ao local, encontrou os agentes que já perguntavam por Marcos. O homem, então, ligou para o sobrinho, que foi até a residência e também foi preso.
Ainda de acordo com o documento, havia um pedido de prisão em nome de Mateus Soares Brito, irmão de Marcos.
Conforme decisão, a juíza Juliana Pitelli da Guia afirma que "se houvesse algum indício de envolvimento de Marcos e Allan com o gravoso crime de homicídio em questão, certamente a autoridade policial os teria incluído naquele pedido [de prisão]". "Acrescento, ainda, que Allan e Marcos, ambos, são primários, sem registros de antecedentes criminais; ambos tem residência fixa" diz a decisão.
Em entrevista a jornalistas, o advogado de Marcos e Mateus, Eduardo Kuntz, acusou os policiais de plantarem as munições dentro do carro de Allan. "Grande armação que vai ser apurada", disse.
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Facebook e Instagram.
