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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Vídeo: PM de PE que matou mototaxista com tiro à queima-roupa achou que vítima estava armada, diz defesa

A defesa policial militar Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, que matou com um tiro à queima-roupa o motociclista de aplicativo Thiago Fernandes Bezerra, 23, esclareceu sobre a confusão que antecedeu o disparo. Segundo Ernesto Cavalcanti, o PM contou não se negou a pagar R$ 7 pelo serviço, mas que a vítima não quis encerrar a corrida dentro do condomínio e que achou que ela estava armada. Com isso, ele reagiu ao considerar uma possível ameaça.

O advogado relatou ao g1 que o policial solicitou uma moto de aplicativo para ir do centro da cidade de Camaragibe até sua casa. Já no destino, aconteceu um "desentendimento".

"Ao chegar ao condomínio, na hora de pagar a viagem, houve um desentendimento. E nesse desentendimento, teria me xingado, eu revidei, e ele ficou agressivo, chegando ao ponto de desferir-me uma tapa no rosto e fez menções de que teria uma arma na cintura, pela forma como se posicionava", disse o policial ao advogado. 

Ainda de acordo com a defesa, o PM "se assustou quando o motociclista abriu os braços na intenção de ir em sua direção". Com isso, ele sacou a arma e atirou uma vez.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento exato da discussão. Thiago Fernandes Bezerra para a motocicleta em frente a uma casa. O PM, que estava na garupa, desce e eles parecem discutir. Em determinado momento, o motociclista também sai do veículo e empurra o militar. É aí que Venilson saca a arma da cintura e efetua o disparo.

Thiago cai no chão na hora e fica estirado. O policial retira o capacete, deixa próximo ao corpo da vítima e entra na residência. Pouco tempo depois, ele deixa o condomínio e pega um ônibus. 

De acordo com o advogado Ernesto Cavalcanti, Venilson seguia para a delegacia da cidade para se entregar e apresentar a arma e o projétil disparado. Porém, ele foi cercado dentro do coletivo e espancado por populares. 

O PM foi levado para uma unidade de saúde para receber os primeiros socorros, depois encaminhado para o centro de detenção da corporação, onde ficou preso.

"Ele (o policial) alegou que tem a ficha limpa, sem advertências ou infrações. Considero precipitada a decisão da administração da Secretaria de Defesa Social de afastá-lo por 120 dias e acredito que seja preciso apurar melhor os fatos; diante de um policial com uma conduta irretocável", disse o advogado, ao g1. (Matéria relacionada)

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Vídeo: