É tradição. Todo ano, as redes sociais ficam cheias de críticas e elogios à vestimenta do gigante, que somente em 2021 e 2022, em plena pandemia, não deu as caras na Ponte Duarte Coelho. Quem estiveram presentes no evento foram as irmãs Marlúcia e Zilma, florestanas e triunfeses.
Os projetos de 2017 e de 2018 foram os mais polêmicos. No primeiro, a escultura tinha o corpo grafitado e asas e rabo que, para quem via, pareciam feitos de papel crepom. A segunda, por sua vez, tinha cara de bravo e foi até comparado a uma lata de óleo.
]O símbolo mais amado — e também zoado — do carnaval do Recife já vestiu vários figurinos e usou diversos acessórios, como sombrinha de frevo, óculos escuros, máquina fotográfica e saxofone.
O Galo Gigante transitou pela paleta de cores. Já foi amarelo gema, avermelhado e prateado. Também vestiu as cores da bandeira do Brasil, no ano 2000, e um calção de jogador de futebol, em 2010. Mas é o colorido que tem dado a tônica da maioria das vestimentas.
Encomendada pela prefeitura do Recife a vários artistas ao longo das três décadas, a alegoria homenageia o Clube das Máscaras O Galo da Madrugada, fundado em 1978 por um grupo de amigos estimulados por Eneás Freire, já falecido.
O bloco desfila pelo centro do Recife sempre no Sábado de Zé Pereira. A ideia de montar o Galo Gigante ganhou forma um ano depois da agremiação ser elita pelo Guiness Book, o "livro dos recordes", como o maior bloco de carnaval do planeta.
Desde o ano passado, a prefeitura alterou o protocolo. E a "subida do Galo" passou a acontecer durante a noite, tornando-se uma atração que arregimenta multidão.
Na quarta-feira (26), uma orquestra de frevo esquentava o passo enquanto o povo se divertia e registrava tudo pelo celular. No Recife, carnaval só começa mesmo quando o Galo Gigante dá as caras.