O possível acordo de trégua que estaria sendo costurado entre lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) — as duas maiores facções criminosas do Brasil — parece ter sido firmado. Segundo informações do g1, 37 presos do PCC pediram transferência para cadeias que abrigam criminosos do CV, no Rio de Janeiro, em um ato de "aliança pelo bem comum".
Um "comunicado geral" assinado pelos dois grupos e compartilhado na última terça-feira (25) lamenta as vidas perdidas e afirma que a guerra chegou ao fim.
"Graças ao esforço de muitos e uma longa negociação, chegamos ao tão esperado fim. (...) Sendo assim, deixamos todos cientes de que, a partir da data de hoje, 25/02/2025, data essa histórica, o CV e o PCC estão colocando fim a esta guerra e refazendo uma nova aliança de PAZ, JUSTIÇA, LIBERDADE, LEALDADE e FRATERNIDADE pelo bem comum", diz um trecho.
Um outro trecho do texto ainda deixa aberto o caminho para paz com outras facções. "Deixamos a prerrogativa para outras organizações de que estamos abertos ao diálogo (...) lutaremos de mãos dadas por um só ideal: O CRIME FORTALECE O CRIME."
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Facebook e Instagram.
Os órgãos de segurança pública acreditam que o pedido de transferência confirma a reaproximação das duas organizações criminosas depois de nove anos de disputas, que tiveram início em 2016, na fronteira do Brasil com o Paraguai.
Na ocasião, o traficante Jorge Rafaat Toumani, de 56 anos, foi morto com tiros de fuzil .50 na cidade de Pedro Juan Caballero. A morte do homem de apelido "Rei da Fronteira" determinou o controle da rota do tráfico de drogas para o PCC.
Outros comunicados que foram enviados desde o dia 11 de fevereiro deixam clara a trégua entre os dois grupos.