Um policial civil foi preso na manhã desta terça-feira (25) em uma operação de combate à lavagem de dinheiro da facção PCC por meio de duas fintechs (instituições financeiras digitais). A prisão foi desencadeada a partir da delação do empresário Vinicius Gritzbach, assassinado a tiros no Aeroporto Internacional São Paulo, em Guarulhos, no ano passado.
Identificado como Cyllas Elia Junior, o policial se apresenta como CEO da 2GO Bank, uma das instituições financeiras citadas pelo delator do PCC. A outra empresa, segundo a GloboNews, é a InvBank. Ambas são suspeitas de receber valores em espécie e depois movimentá-los e alocá-los, dando falsa aparência de licitude para beneficiar a facção criminosa.
De acordo com as investigações, as duas empresas movimentaram recursos da facção dissimulando sua origem ilícita por meio da compra de imóveis, trabalhando com cifras bilionárias. Os valores investigados chegam próximo aos R$ 30 milhões.
O policial já havia sido preso no ano pasasdo em outra operação da Polícia Federal em Campinas, interior de São Paulo, pela ligação na lavagem de dinheiro para criminosos chineses. Cyllas Elia Junior estava afastado de suas funções na corporação desde dezembro de 2022, mas foi beneficiado por um habeas corpus concedido no fim de 2024.
Investigadores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da Polícia Federal (PF), que efetuaram a prisão, também cumprem ordens de busca e apreensão nas sedes das duas empresas, além de endereços de seis pessoas ligadas à gestão e funcionamento das fintechs.
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