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domingo, 2 de fevereiro de 2025

"Golpista da USP' que desviou R$ 900 mil de formatura consegue registro de médica

Alicia Dudy Muller Veiga condenada a cinco anos de prisão por desviar R$ 927 mil arrecadados por dezenas de outros alunos para a realização da festa de formatura da turma de Medicina na Universidade de São Paulo (USP), conseguiu realizar o registro como médica no Conselho Federal de Medicina (CFM). Na época da sua condenação, ela negou ter cometido o crime. As informações são do portal Estadão.

No site do CFM, seu registro aparece como "inscrito" desde 26 de dezembro de 2024 e em situação "regular", sob o número de CRM 267045-SP. Não há registro de especialidade.

De acordo com a denúncia, a estudante, que ficou conhecida entre os colegas como "a golpista da USP", aproveitou-se do posto de presidente da comissão de formatura para exigir da empresa organizadora da festa que os pagamentos dos alunos fossem transferidos para conta bancária de sua titularidade, omitindo o fato dos colegas. O conjunto probatório apontou que a ré usou o dinheiro em proveito próprio – na compra de celular e relógio, aluguel de veículo, custeio de estadia e investimentos financeiros.

Alicia foi acusada de desviar R$ 927 mil da formatura de estudantes da Faculdade de Medicina no início de 2023. A pena estipulada contra Alicia foi emitida em julho do ano passado pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Capital pelo crime de estelionato, "praticado de forma continuada por oito vezes", sendo fixados cinco anos de reclusão, em regime semiaberto. A sentença também determinou o pagamento de indenização às vítimas, no mesmo valor do prejuízo causado.

O advogado Sergio Ricardo Stocco Giolo, responsável pela defesa da então estudante, disse, na época da condenação, que ela não cometeu o crime de estelionato. Conforme Giolo, sua cliente apresentou provas que atestam a sua inocência e, por isso, iriam recorrer à decisão da Justiça.

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A jovem também é alvo de outro inquérito, de julho de 2022, por suspeita de lavagem de dinheiro e estelionato após ter dado um suposto golpe em uma lotérica. Ela teria gasto mais de R$ 400 mil em apostas no período, mas, na última data em que tentou fazer um jogo, teria deixado de pagar R$ 192 mil ao estabelecimento. Este caso ainda não foi julgado.

A Polícia Civil acredita que o dinheiro usado nas apostas seria o da comissão de formatura.

Foto: Reprodução