Maria dos Aflitos Silva, presa temporariamente, na última sexta-feira (31), confessou, em depoimento à Polícia Civil do Piauí, que envenenou e matou a vizinha e ex-nora Maria Jocilene da Silva, 32 anos, para tentar livrar o companheiro, Francisco de Assis Pereira da Costa, 53, da cadeia.
O homem, que também está preso temporariamente desde o dia 8 de janeiro, é suspeito de assassinar por envenenamento dois dos dez filhos de Maria dos Aflitos e três netos delas, em Parnaíba, no litoral do Piauí. Os familares morreram entre agosto de 2024 e 1º de janeiro deste ano.
Em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (3), o delegado Abimael Silva, responsável pelas investigações, afirmou que a intenção da suspeita era culpar Jocilene pelos assassinatos dos parentes. E, com isso, teria tido a ideia de colocar chumbinho - veneno para matar ratos - no café da mulher para simular que ela teria se suicidado por remorso e, assim, faria com que a polícia libertasse o marido.
Assim como algumas das vítimas, Jocilene também passou mal após comer o baião de dois envenenado, no primeiro dia do ano. Ela chegou a ficar internada, mas logo teve alta médica. No entanto, dia 20, depois de visitar Maria dos Aflitos, voltou a se sentir mal e foi hospitalizada outra vez, morrendo no dia 23. Ainda de acordo com o delegado, Maria dos Aflitos e Maria Jocilene já haviam se relacionado amorosamente no passado.
Além da morte de Maria Jocilene, a polícia apura se Maria dos Aflitos ajudou o marido, Francisco de Assis, a assassinar Maria Gabriela, de 4 anos, Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses, Maria Lauane, de 3 anos, Francisca Maria, 32, e Manoel da Silva, 18. As crianças eram filhas de Francisca Maria e netas de Maria dos Aflitos. Manoel e Francisca eram filhos e enteados dos suspeitos.
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