O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux criticou, nesta quarta-feira (10), a quantidade de arquivos reunidos pela Polícia Federal (PF) sobre o general Mário Fernandes. O militar é acusado de ser autor do plano Punhal Verde Amarelo, que previa o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
Fux falou classificou como “tsunami de dados” os arquivos enviados às defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus na ação penal da trama golpista. Os arquivos somam cerca de 70 TB (terabytes).
“Salta aos olhos a quantidade de material probatório envolvido. […] Foi no contexto da disponibilidade tardia de um ‘tsunami de dados’ que a defesa alegou cerceamento de defesa. A quantidade chega a 70 terabytes. Fui pesquisar isso e nem acreditei, são bilhões de páginas. E, em menos de 20 dias, foi proferida a decisão com o acesso aos documentos”, declarou.
O magistrado destacou que os arquivos estavam “sem qualquer nomenclatura ou índice que permitissem uma pesquisa”. Na sessão desta quarta-feira (10), Fux acolheu o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) para atender os benefícios do acordo da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Além disso, votou pela incompetência do STF para julgar a ação referente à trama golpista.
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