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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

PE: Preso trio de agiotas que atuava há 20 anos no estado; chefe é falso major com patrimônio estimado em R$ 10 milhões

Três pessoas foram presas por agiotagem durante uma operação da Polícia Civil no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife. Segundo as investigações, o grupo atuou por mais de 20 anos em cidades da Região Metropolitana e do Litoral Sul de Pernambuco, tomando bens de moradores que não conseguiam pagar dívidas com os criminosos.

De acordo com a polícia, o esquema era comandado por Charles Williams Carneiro da Cunha, que se passava por major da Polícia Militar e acumulou um patrimônio estimado em cerca de R$ 10 milhões com os juros abusivos que cobrava das vítimas.

As informações sobre a operação, realizada por equipes da Delegacia de Porto de Galinhas, foram divulgadas nesta segunda (8).

Além de Charles Williams, foram presos a ex-companheira dele, Syntia Roberta da Cruz, que responde a um processo por tentativa de homicídio, e Williams César Ribeiro, também autuado por porte ilegal de arma de fogo.

Entre os itens apreendidos com os suspeitos estão uma pistola 9 milímetros e dois carros de luxo, além de simulacros e objetos que pertenciam às vítimas.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos emprestavam dinheiro a comerciantes e moradores de cidades como Ipojuca e Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, e Sirinhaém, no Litoral Sul. Conforme o inquérito, quando as dívidas não eram pagas, eles se apropriavam dos bens das vítimas.

"A investigação iniciou-se a partir do relato de uma vítima que tinha um estabelecimento comercial em Porto de Galinhas que funcionava em frente à delegacia. Após contrair o empréstimo com eles, ela não conseguiu honrar essa dívida e eles foram lá e se apropriaram desse comércio dela, passando a administrar [o negócio]", contou o delegado de Porto de Galinhas, Ney Luiz.

A corporação acredita que o grupo tinha acordos financeiros com diversas pessoas na região, mas ainda não se sabe o número exato de vítimas. A polícia também investiga a participação de policiais militares no esquema.

"Um dos presos falou que policiais militares também trabalhavam com ele. Quando a gente tentou colher o seu depoimento no interrogatório, os advogados orientaram para que ele ficasse calado, mas uma conversa inicial, informal, ele falou da participação de policiais militares", disse Ney Luiz.

Em um dos relatos recebidos pela Polícia Civil, uma vítima que compareceu à delegacia na sexta-feira (5) contou que a filha dela fez um empréstimo de R$ 6 mil com grupo, mas, como não conseguiu pagar, a dívida e o valor foi aumentando, até que os criminosos tomaram a casa dessa vítima.

"Expulsaram ela da casa. Aí uma dívida que teria iniciado em R$ 6 mil, acabou que foi aumentando, aumentando até que chegou um ponto que eles tomaram a casa da vítima, que segundo ela vale R$ 400 mil", contou o delegado.

A corporação apela para que, caso as pessoas que reconheçam os suspeitos nas fotos, procurem a delegacia para denunciar, pois as investigações continuam em andamento.

"Nós obtivemos aí uma decisão judicial, autorizando a divulgação da imagem dessas pessoas, desses investigados. (...) Somente nesta semana a gente acredita que tenha recebido ao menos uns cinco a sete boletins de ocorrência de outras vítimas", disse o delegado. (Via: G1 PE)

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