A primeira semana do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) trouxe novidades sobre o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na última terça-feira (2), o ministro Alexandre de Moraes deu sinais de que as punições pelos planos de golpe serão duras.
Na última quarta-feira (3), os advogados de dois generais jogaram a responsabilidade para o ex-presidente.
Moraes abriu os trabalhos com a leitura do relatório. O ministro resumiu as principais teses da acusação e das defesas.
“O país e a Suprema Corte só têm a lamentar que a história republicana brasileira tenha novamente tentado um golpe de Estado, atentando-se contra as instituições e a própria democracia, fingindo-se a instalação de um estado de exceção e uma verdadeira ditadura”, disse Moraes.
O ministro deixou claro que acredita que houve um plano de golpe entre a derrota de Bolsonaro nas eleições e os ataques às sedes dos três Poderes. Para evitar críticas de pré-julgamento, ele lembrou que o Supremo já condenou 683 pessoas envolvidas nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Depois, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusou Bolsonaro de liderar um “plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas”.
Ele apresentou documentos, gravações e mensagens que comprovariam uma conspiração para impedir a troca de governo.
Por fim, o tribunal ouviu os advogados dos oito réus. Dois deles, tentando defender seus clientes, acabaram complicando Bolsonaro.
Matheus Milanez, advogado de Augusto Heleno, disse que o general é inocente porque se afastou de Bolsonaro no final do governo, ficando fora do plano golpista.
Já Andrew Fernandes Farias, defensor de Paulo Sérgio Nogueira, foi mais direto, afirmando que o general tentou “demover” Bolsonaro de tomar “qualquer medida de exceção” para continuar no poder.
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