A equipe da cantora Ana Castela se pronunciou nesta semana por meio de nota oficial sobre comentários considerados ofensivos à sexualidade da artista. A manifestação surge após um vídeo em que a influenciadora Vivi Wanderley especula sobre a orientação sexual de alguns famosos e diz que a Boiadeira seria “sapatão”.
Em nota, a assessoria jurídica da artista destacou que a sexualidade de uma mulher não deve ser usada como ataque ou motivo de zombaria, ainda mais quando associada a críticas sobre aparência física:
“Quando utilizado por pessoas sem intimidade, de forma pública, em tom de zombaria e, principalmente, associado a críticas sobre a aparência física (‘estrutura óssea’) de uma jovem de 22 anos, o termo deixa de ser sobre identidade e passa a ser uma arma de agressão e body shaming”, afirmou o comunicado.
Apesar de não terem sido tomadas medidas judiciais até o momento, a assessoria informou que estão sendo analisadas ações voltadas à responsabilização pedagógica, com o objetivo de educar e reforçar limites no ambiente digital. A nota também agradeceu aos fãs e usuários que se posicionaram contra o cyberbullying.
“A internet pode ser um lugar hostil. Que bom que muita gente ainda escolhe a empatia. Seguimos atentos e gratos”, concluiu a equipe de Ana Castela.
Veja comunicado na íntegra:
“A assessoria jurídica do Grupo AgroPlay, que administra a carreira da artista Ana Castela, vem a público repudiar os ataques proferidos por influenciadoras digitais nesta semana.
É necessário educar e traçar limites. A sexualidade de uma mulher não é ofensa. No entanto, contexto é tudo. Quando utilizado por pessoas sem intimidade, de forma pública, em tom de zombaria e, principalmente, associado a críticas sobre a aparência física (“estrutura óssea”) de uma jovem de 22 anos, o termo deixa de ser sobre identidade e passa a ser uma arma de agressão e body shaming (ataque ao corpo).
Isso retira o manto da “liberdade de expressão”. Não permitiremos que a orientação sexual (real ou especulada) e o corpo de uma mulher sejam transformados em “trend” de humilhação para gerar engajamento. A internet não é terra sem lei.
As medidas judiciais cabíveis estão sendo analisadas, visando não necessariamente uma reparação, mas a responsabilização pedagógica.
Informamos que, até o momento, não tomamos nenhuma medida judicial. Respeito é inegociável. Aproveitamos para agradecer a cada fã, página e usuário que, espontaneamente, se posicionou contra o cyberbullying e a favor do respeito.
Ver tantas pessoas entendendo que corpo e sexualidade não são motivos para chacota e não podem ser usados para engajamento nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. A internet pode ser um lugar hostil. Que bom que muita gente ainda escolhe a empatia.
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