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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Política tributária do Brasil entrava atividade empresarial, diz Câmara

Em reuniões com empresários de Salgueiro e Serra Talhada, o socialista defendeu uma reforma para o segmento

Em reuniões com empresários ligados às câmaras de dirigentes lojistas de Salgueiro e Serra Talhada, o pré-candidato ao Governo do Estado pela Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), criticou a atual política tributária brasileira, que entrava, segundo ele, a atividade empresarial no País. "O Custo Brasil é alto demais, assusta muita gente. No País, o empreendedor começa a pagar imposto já na hora de investir. Apresentamos no Confaz uma proposta de convênio que isentava o ICMS para a aquisição de bens de capital. Tem que pagar quando vai produzir. O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), por exemplo, é complexo. Cada estado faz do seu jeito. São 27 legislações diferentes", argumentou o socialista, que neste final de semana está visitando cidades dos sertões Central, do Pajeú e do Moxotó.

Como o Brasil não tem política de desenvolvimento regional, Câmara ponderou que os benefícios fiscais são a única arma dos estados para atrair as empresas. "No Governo Eduardo Campos (PSB), tomamos a decisão de desconcentrar o desenvolvimento do Estado. Hoje, a empresa que se instala no Sertão tem um benefício no ICMS maior do que no Agreste, que tem mais benefícios no ICMS que a Região Metropolitana. O resultado é que os empreendimentos estão chegando a todos os lugares", avaliou.

O socialista destacou que nos dois mandatos do PSB, o Governo não mandou sequer um projeto à Assembleia Legislativa aumentando a alíquota do ICMS. "Pelo contrário, todas as oportunidades que tivemos para desonerar o empreendedor, nós aproveitamos. Ampliamos a capacidade de investimento do Estado, que era de R$ 600 milhões/ano, para R$ 3,7 bilhões", lembrou Câmara.

O pré-candidato afirmou que vai manter e ampliar a política tributária implantada por Campos, ressaltando algumas das principais ações de incentivo às pequenas e micro empresas. "Fomos um dos primeiros estados a implantar o Simples Nacional, zeramos o Imposto de Fronteira para os empreendedores com faturamento anual inferior a R$ 360 mil, instituímos uma política de compras governamentais reservando 25% para empresas do Simples. Diminuímos muito a burocracia. Antes, uma empresa levava 45 dias para se instalar em Pernambuco. Hoje, leva nove. Mas continuamos trabalhando e ouvindo sugestões, para fazer ainda mais pelo setor", afirmou.

CDL - O pré-candidato prometeu levar para a equipe que elabora o seu Plano de Governo as demandas apresentadas pelos lojistas. Ele garantiu que vai se empenhar para levar um campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para o município, e intensificar as atividades da UPE, além de trabalhar para a melhoria do aeroporto de Salgueiro, apontado pelos empresários como uma alternativa para vencer a distância da cidade dos grandes centros urbanos e parte essencial da plataforma multimodal que será complementada pela ferrovia Transnordestina. Câmara também se comprometeu a viabilizar a instalação do distrito industrial da localidade.

O presidente da CDL Salgueiro, João Gomes, se disse otimista, ao final da reunião. "Ficamos extremamente satisfeitos com a receptividade do pré-candidato às nossas demandas. Temos certeza de que, sendo eleito, ele terá um olhar especial para os pequenos e micro empresários sertanejos, especialmente do Sertão Central", celebrou o dirigente. (Assessoria de Imprensa do PSB)

Blog: O Povo com a Notícia