Primeira-dama Rosane Malta, que foi casada por 22 anos com Fernando Collor, escreveu uma autobiografia em que revela que o ex-presidente fazia rituais do que chama de "magia negra", que envolviam sacrifícios de animais.
No livro de 222 páginas, que será lançado esta semana, Rosane diz que conheceu Collor, então prefeito de Maceió, em Canapi, sua cidade natal.
Ela revela que na lua de mel Collor convidou amigos para viajar com o casal - o empresário Paulo Octavio e o empreiteiro Luiz Salles, que foram com as mulheres acompanhando os recém-casados na Argentina.
Rosane conta ainda os problemas com a cunhada Thereza, casada com Pedro Collor. "Acredito na tese de que os dois tiveram algo antes do meu casamento. Também não duvido que tenha sido por Thereza, por essa obsessão que ela tinha pelo cunhado, que Pedro resolveu destruir o próprio irmão", diz o livro. As denúncias de Pedro levaram ao processo que culminou com o impeachment de Collor.
Thereza afirma que Rosane é "desacreditada" e terá que provar o que escreveu na Justiça.
Como primeira-dama, Rosane exagerava nos gastos e diz que PC Farias, tesoureiro da campanha de Collor, reclamava dos gastos. "É claro que estava gastando mais! Uma primeira-dama do país gasta mais do que todas as outras".
Rosane diz que Collor encomendou uma "trabalho" para uma mãe de santo alagoana pedindo que Silvio Santos não fosse seu rival como candidato à Presidência. Animais eram sacrificados. "Quando tudo acabava, ficava uma sujeira danada, sangue espalhado", relata.
Atualmente, ela virou evangélica e diz que a fé a ajudou a superar uma depressão em que entrou após um aborto de uma gravidez de gêmeos - fez tratamento com o médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 anos por crimes sexuais contra pacientes. Ela diz que "doutor Roger" era amigo do casal.
Ela diz que foi "poupada" de uma maldição que caiu sobre Collor. "O mais interessante é que, tanto eu como a mãe de santo, aceitamos Jesus e nos afastamos completamente da magia negra... Fomos as únicas que escapamos da tal 'maldição do impeachment". (Bocão News)
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