Há apenas quatro anos, Pernambuco iniciava seus primeiros procedimentos de implantação do cateter venoso central de inserção periférica de longa permanência (PICC). O procedimento, considerado novo no Brasil aconteceu no Hospital Santa Efigênia, na cidade de Caruaru.
Enfermeiro Ênio ensinado técnica de PICC |
Hoje essa equipe, única no Agreste, é chefiada pelo florestano, o enfermeiro Ênio Quirino Menezes, que neste final de semana esteve em São Paulo, ocupando uma das três vagas destinadas para o Estado, no II Fórum de Líderes de Opinião em PICC. O evento contou com a participação de especialistas dos Estados Unidos, Colômbia, Argentina, Chile e Brasil.
A equipe de PICC guiada por ultrasom é formada por Vivian Batista, Gisele Vieira e Amanda Cordeiro.
Segundo Ênio, para executar o procedimento, exige-se do enfermeiro competência e formação, através dos cursos de treinamento e capacitação. “A técnica mais avançada, que já está sendo utilizada por nossa equipe, consiste em puncionar veias com orientação de ultrassonografia, isso dá mais segurança ao paciente. Entre os muitos benefícios o menor risco de infecção e intercorrência, quando comparado com a inserção de cateteres venosos centrais. Sendo assim deve ser a primeira escolha para pacientes com perspectiva de tratamento endovenoso por período prolongado”, explicou ele.
Recentemente o florestano Tomé Xavier foi beneficiando por essa tecnologia. Após fraturar o braço, precisou de cirurgia especializada, realizada em Caruaru. Segundo ele, após o longo período de internamento para recuperação, a veias já estavam frágeis, e ainda precisava receber medicações, mas a punção de suas veias era muito difícil. “Fui furado várias vezes, e sem nenhum sucesso. Nesse momento o enfermeiro Ênio foi convocado para resolver o problema. Com um aparelho de ultrasson, ele pegou a veia. Foi um alívio, porque garantiu o sucesso do meu tratamento. Sou muito grato pela forma gentil e atenciosa com que fui recebido por ele, num momento difícil da minha vida”.
Para o coordenador da equipe de PICC, Ênio, o procedimento deverá ser expandido para o sertão. “Venho desenvolvendo um projeto para que possa levar a capacitação para enfermeiros que atuam no interior do estado. Provavelmente, em um futuro próximo, com a facilitação de aquisição de equipamentos de ultrasom e treinamento adequado da equipe, esta ferramenta se tornará indispensável na prática clínica diária”, informou.
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