Por: Josias de Souza
Os advogados de Lula informam que
avançou a petição protocolada por eles contra o juiz Sérgio Moro no Alto
Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. Afirmam que a peça “passou por um
primeiro juízo de admissibilidade e foi registrada perante aquele órgão.” Requisitaram-se informações ao governo brasileiro sobre o caso.
A novidade tem importância meramente cenográfica. Serve para
que Lula faça no estrangeiro sua pose preferida — a pose de perseguido. No
Brasil, a iniciativa serve apenas para potencializar em procuradores e
magistrados o sentimento de que chegou a hora de demonstrar que ninguém está
acima da lei no país.
Os comissários da ONU não precisam nem aguardar pela resposta
do governo brasileiro para perceber que Sergio Moro está longe de ser o único
problema de Lula. O personagem é réu em três processos, está prestes a ser
denunciado uma quarta vez e continua sendo alvejado em delações que ainda estão
no forno.
Um tsunami penal engolfa Lula. Como suas petições não
encontram guarida nos tribunais pátrios, os defensores do morubixaba do PT
esperneiam alhures. E Lula se agarra à ONU como um náufrago a um graveto. Não
se dá conta de que, no desespero, jacaré parece tronco.
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