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Lava Jato já derreteu a presidência de Dilma e o PT. Levou para a cadeia gente
graúda, oligarcas políticos e empresariais. Aos pouquinhos, passo a posso, a
operação vai aproximando a faxina de toda a galeria de presidenciáveis da
República. Há moribundos em excesso no noticiário. E a lista não para de
crescer. Denunciado como beneficiário de repasses ilegais de R$ 23 milhões em
2010, o tucano José Serra junta-se, no vale dos delatados, ao correligionário
Aécio Neves e a Lula.
A última eleição presidencial
ocorreu em 2014, ano em que a Lava Jato começou. Dilma foi reeleita, Aécio
virou o principal líder da oposição e Lula representava o sonho de continuidade
do PT. Hoje, o PSDB de Aécio é força auxiliar do governo do PMDB de Michel
Temer, apinhado de alvos da Lava Jato. E o PT de Lula é uma espécie de
abracadabra para a caverna de Ali Babá.
Impossível saber quem chegará vivo a 2018. Aécio é
protagonista de dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Lula, réu três
vezes, é uma prisão esperando para acontecer. Serra, que fazia pose de
alternativa, é outra biografia sub judice. Geraldo Alckmin é uma interrogação
aguardando na fila pela divulgação do anexo da delação da Odebrecht que trata
dos governadores. A única certeza no momento é que 2018 não é mais o que já
foi. Por sorte, ainda não há no Brasil um Donald Trump. Mas quem pode garantir
que não surgirá um demagogo amalucado?
Blog: O Povo com a Notícia
Por: Josias de Souza