Na manhã desta terça-feira dia (25), um
dos principais acusados de participar do assassinato dos Conselheiros Tutelares
da cidade de Poção, no Agreste pernambucano, em fevereiro de 2015, Wellington Silvestre dos Santos,
vulgo "Chave de Cadeia", foi preso na cidade de
Pinheiro, no estado do Maranhão, a 339 Km de São Luís, pelo
Delegado Titular de 5ª Regional por porte ilegal de arma de fogo.
Logo após sua
prisão, a polícia
maranhense constatou que havia contra Wellington Silvestre um mandado de prisão
pela participação na chacina de Poção, quando três conselheiros tutelares e uma
idosa foram mortos a tiros dentro de um carro, por volta das 19:00, no Sítio
Cafundó, na zona rural do município.
Welington Silvestre dos Santos,
vulgo “Chave de Cadeia”, é natural da cidade de Serra Talhada-PE, é um dos
homens mais procurados do Estado de Pernambuco e é acusado, dentre outros
crimes, de haver cometido, juntamente com o serratalhadense, Egon Augusto Nunes de Oliveira (preso em
Abaetetuba, no Pará, em março de 2015), um quádruplo homicídio que vitimou
Conselheiros Tutelares, na cidade de Poção-PE.
Caso Poção: As mortes dos três conselheiros tutelares e de uma idosa no
mês de fevereiro no município de Poção, no Agreste do estado, foi acertada por
R$ 45 mil. A informação foi repassada na manhã desta segunda-feira pelo
delegado Erick Lessa, responsável pelas investigações. Ao apresentar a
conclusão do inquérito, o gerente operacional do interior 1 afirmou ainda que
das sete pessoas indiciadas pela chacina apenas uma está foragida e que R$ 25
mil do valor acertado chegou a ser pago aos criminosos.
Um homem preso no Presídio de Arcoverde, segundo a polícia,
foi o responsável por indicar os nomes dos quatro executores. Já o plano das
execuções foi articulado pela oficiala de Justiça Bernadete de Lourdes Britto
Siqueira Rocha com a ajuda do advogado José Vicente Pereira Cardoso da Silva.
“Estamos entregando o inquérito ao Ministério Público hoje indiciando as sete
pessoas responsáveis pela chacina. Ao final das investigações, concluímos que o
pai da criança que sobreviveu ao atentado não teve ligação com as mortes”,
ressaltou Lessa.
Ainda segundo a polícia, os planos de Bernadete de Lourdes,
avó paterna da criança que estava no carro junto com os conselheiros tutelares
e a avó materna no dia da execução, eram de matar não só Ana Rita Venâncio (avó
materna) mas também o avô materno e a filha do casal. “No dia da execução,
Bernadete soube quem eram as pessoas que estavam dentro do carro e mesmo assim
determinou que todos fosse executados”, contou o delegado.
Durante a investigação, a polícia descobriu que as execuções
dos familiares da criança estavam sendo planejadas desde o ano de 2013. Um
organograma com nomes e fotos de possíveis vítimas foi encontrado na casa da
oficiala de Justiça. Na relação estavam os avós maternos e uma tia da criança.
Em dezembro do ano passado, também segundo a polícia, a avó paterna da menina
que era alvo da briga entre as duas famílias chegou a alienar a casa onde
morava para conseguir dinheiro para pagar os executores do crime.
O inquérito policial apontou que os executores da chacina
foram Egon Augusto Nunes de Oliveira, o pai dele, Orivaldo Godê de Oliveira,
Ednaldo Afonso da Silva e Wellington Silvestre dos Santos, esse último
foragido. Já o detento que ajudou Bernadete e José Vicente a encontrar os
matadores foi Leandro José da Silva. (Via: Portal Nayn Neto)
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