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Em Petrolina, no Sertão de
Pernambuco, um adolescente de 16 anos de idade, sofre a pouco mais de um ano
com a encefalite viral. A doença rara provoca uma inflamação no cérebro,
causando a paralisia do garoto. Com isso, ele precisa de uma alimentação
especial. Esta deveria ser fornecida pelo Governo do Estado de Pernambuco,
conforme decisão judicial, mas segundo familiares, o fornecimento foi
interrompido,
Pedro Rodrigues Medrado Neto encontra-se paralisado em uma
cama e se alimenta com a ajuda de doações. “Ele deu uma dor de cabeça e uma
febre, e foi perdendo a voz, levamos para o Hospital de Traumas. Nessa época,
ele ainda falava, andava e tomava o banho dele. Em cinco dias, ele paralisou e
deu uma parada cardíaca”, explica a dona de casa, Maria José da Silva.
O menino pesa hoje 25kg, mas por
falta de uma alimentação específica, Pedro já chegou a pesar 15 kg. A
alimentação que ele necessita deveria ser fornecida pelo Governo do Estado de
Pernambuco, através da Secretaria Municipal de Saúde. A família ganhou na
justiça o direito de receber os suplementos alimentares. “Está com oito meses e
nunca foi resolvido. Só recebi 90 caixas de cada e não recebi mais nada”,
relata Maria José.
As latas que a família conseguiu foram por meio de doações de
pessoas como o empresário João Guilherme. Ele ficou sabendo do caso e resolveu
fazer uma mobilização pelas redes sociais. “Conseguimos ar-condicionado,
colchão especial, travesseiro e 30 dias da alimentação especial”.
De acordo com o neurologista, Tércio Cavalcanti, o tratamento
da encefalite viral precisa ser feito ainda no início do diagnóstico. “A forma
mais comum de adquiri-la é por reativação do vírus latente no corpo humano da
pessoa. A pessoa já teve contato com o vírus em algum momento da vida. A gente
tem muitos casos no mundo todo de herpes simples tipo I que é aquela labial,
quando a gente tem contato com esse vírus a gente se recupera da doença, mas
ele fica no nosso corpo de forma inativada”, explica.
Ainda segundo o médico, o tratamento precisa ser
multidisciplinar. “Deve fornecer a melhor via de nutrição para evitar a
desnutrição e fisioterapia, não só motora, mas a respiratória”, reforça.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que tem trabalhado
para agilizar o processo de aquisição da alimentação de Pedro. Um dos três
alimentos que devem ser fornecidos já foi entregue ao estado e deve estar
disponível para o paciente nos próximos dias. O outro está com entrega atrasada
pelo fornecedor, que já recebeu notificação da secretaria para agilizar a
entrega. E o terceiro alimento ainda está em processo de cotação e não houve
fornecedor interessado em vender o produto. (Via: G1 Petrolina)
Blog: O Povo com a Notícia