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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PE está entre os dez estados com maior número de profissionais de segurança pública mortos em 2016



Pernambuco ocupa a 9ª posição no ranking de profissionais de segurança pública mortos em 2016. O 'mortômetro', divulgado pela Ordem dos Policiais do Brasil (OPB), traz um levantamento feito entre 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano passado. O documento, que contabiliza 493 mortos em todo o Brasil em apenas um ano, sendo 16 no estado pernambucano, será entregue à Secretaria de Defesa Social e ao Ministério Público de Pernambuco no início de fevereiro. 

A iniciativa será repetida em todos os 26 estados da União, além do Distrito Federal. “Vamos cobrar do poder público uma solução. É necessário enxergar essa dura realidade que vivemos. Não podemos tolerar esses números sem fazer nada”, pontuou o presidente nacional da OPB, Frederico França.

Com 16 mortes registradas nesse período, Pernambuco só perde para os estados da Bahia (41 mortos), Ceará (35) e Alagoas (19) no Nordeste. Ocupando o primeiro lugar no ranking, Rio de Janeiro computa 133 óbitos. Dos 493 mortos, 335 são policiais militares e 68 eram policiais civis, com uma média de idade de 40 anos.

Ainda de acordo com França, 60% das mortes se dá em serviço. “Quando o profissional não é morto em serviço ele é assassinado ao ser identificado na rua. O que está na linha de frente é o alvo principal, mas ser identificado na rua é a pena de morte do policial”, pontua. 

Com uma rotina de trabalho extremamente estressante, o presidente da OPB lamenta que o Brasil não oferece um serviço de acompanhamento psicossocial a esse profissional, assim como é feito em muitos países. O policial vai acumulando pequenos transtornos diários até onde consegue suportar o emocional. Segundo França, os crescentes casos de alcoolismo, uso de drogas e suicídio são o retrato de uma situação já insustentável. 

“A função neurológica do policial é uma questão delicada porque ele está preparado para uma primeira situação, mas depois ele vai precisar de acompanhamento porque acaba fazendo uma analogia com a sua família ao ver uma criança morta, uma mulher morta. Isso tudo mexe com o emocional dele, eles são humanos”, encerra. (Via: G1 PE)

Blog: O Povo com a  Notícia