A Polícia Civil divulgou, nesta segunda-feira (11), o
retrato falado de um segundo suspeito de furar foliões com agulhas durante o
carnaval 2019. O homem descrito por uma das vítimas aparenta ter 25 anos e foi
visto durante o domingo (3), em Olinda. O retrato falado de outro
suspeito foi divulgado sexta (8).
Cerca de 190 pessoas procuraram atendimento médico com
relatos de agressões por agulhas. Todas foram atendidas no Hospital Correia
Picanço, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, mas não tiveram os
resultados dos exames divulgados.
Até esta segunda (11), a Polícia Civil registrou sete
boletins de ocorrência. "Pedimos que a população compareça às delegacias
ou procure o Disque Denúncia", afirma o delegado Ivaldo Pereira, da
Diretoria Integrada Metropolitana.
O homem retratado nessa segunda imagem foi visto duas
vezes pela vítima. Segundo o relato, ele estava vestido de anjo.
"Nesse segundo retrato, a vítima relatou ter
sentido a agulhada, mas não viu nenhum objeto. Ela só percebeu a coincidência
quando uma amiga sentiu a agulhada e a vítima viu o mesmo rapaz", conta a
perita papiloscopista Solange Silva, responsável pela confecção do segundo retrato
falado.
Dois homens são suspeitos de
ferir foliões com agulha durante o carnaval no Grande Recife — Foto:
PCPE/Divulgação
O primeiro retrato foi
divulgado na sexta (8), de um homem que aparenta ter 30 anos e
foi visto na terça (5), pela manhã, no Sítio Histórico de Olinda. "Há um
outro retrato falado sendo preparado", mas ainda faltam detalhes
técnicos", afirma o diretor do Instituto de Identificação Tavares Buril,
Pablo Carvalho.
A Polícia Civil designou o
delegado Breno Varejão para as investigações do caso, na Delegacia da Avenida
Rio Branco. "Algumas pessoas preferem ficar no anonimato, o que é um
problema para nós. Precisamos da ajuda da população para elucidar esse crime.
Pela quantidade de vítimas, não descartamos a hipótese de haver outros
envolvidos", diz Pereira.
As informações podem ser
fornecidas por meio do Disque Denúncia no número (81) 3421-959. A Delegacia da
Rio Branco pode ser acionada através do número (81) 3184-3452.
Agressões e atendimento
médico
No dia 5 de março, a
Secretaria Estadual de Saúde (SES) havia contabilizado pelo menos dez pessoas que
procuraram o Hospital Correia Picanço após sentirem picadas
de agulha durante o carnaval. No dia seguinte, o número subiu para 25.
O hospital é referência no
atendimento de doenças infecto-contagiosas e, no dia 7 de março, já passava de 100 o número de
relatos de agressões com agulha. Após os relatos, a Polícia Civil abriu um
inquérito para investigar o crime de "expor a risco a
vida de outrem por transmissão de moléstia grave".
Todos
os pacientes foram liberados, segundo a SES. Antes, no entanto, tomaram
medicamentos que são ministrados para prevenção ao vírus HIV. Eles também
receberam a orientação para voltar à unidade de saúde em 30 dias, prazo
necessário para a conclusão desse tratamento. (Via: G1 PE)
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