A partir
deste sábado (11), o Cadastro Positivo começará a funcionar e poderá beneficiar
cerca de 137 milhões de brasileiros — quase 90% da população adulta do país.
Desse total, 22,6 milhões de pessoas estão fora do mercado de crédito e poderão
acessar empréstimos e financiamentos pela primeira vez com base no histórico de
pagamento de contas comuns, como luz, gás e telefone.
É grande a expectativa na área econômica do governo, no setor
financeiro e entre analistas em torno dos efeitos econômicos da introdução do
novo Cadastro Positivo no país. Especialistas econômicos afirmam que o novo
cadastro tem potencial de injetar R$ 1,3 trilhão na economia brasileira nos
próximos sete anos, incrementando o Produto Interno Bruto (PIB) em 0,54% ao
ano.
Na avaliação do Banco Central (BC), o cadastro será uma
importante ferramenta de aprimoramento da avaliação de risco de crédito feita
pelas instituições financeiras. Assim, será possível valorizar o cliente que,
de maneira geral, paga as contas em dia, ainda que tenha se endividado em algum
momento.
O BC acredita ainda que o novo cadastro pode contribuir para
a redução do chamado spread bancário — a diferença entre o custo de captação do
dinheiro pelos bancos e as taxas aplicadas aos clientes. O objetivo é que,
diante de clientes com pontuação mais alta, os bancos possam considerar
oferecer condições mais atrativas em alguma linha de crédito - e que as
instituições financeiras, por sua vez, possam competir mais entre si pelo
cliente.
Blog: O Povo com a Notícia