O ministro da Educação, Abraham
Weintraub, disse nesta sexta-feira (17) que o Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) de 2019 foi o "melhor de todos os tempos". Junto ao presidente
do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep), Alexandre Lopes, o ministro deu entrevista coletiva para divulgar o
resultado do desempenho dos 3,9 milhões de participantes do exame.
"[Está] tudo mostrando que foi o Enem de todos os tempos. Mostrando
que gestão e eficiência e respeito ao dinheiro público são marcas do governo
Bolsonaro. Resumidamente, estou muito satisfeito", disse Weintraub, que
enfatizou como sucesso o fato de não ter havido polêmicas relacionadas ao Enem.
"Não teve polêmica, foi tudo muito aceito. A gente não teve problema
operacional nenhum a cargo do MEC [Ministério da Educação]. A única coisa que
houve, pontualmente, foi uma tentativa de sabotagem, uma pessoal que já está
com a Polícia Federal. Então não prejudicou nada", afirmou.
As notas individuais do Enem 2019 foram divulgadas nesta sexta-feira pelo
Inep e podem ser acessadas na Página do Participante
(https://enem.inep.gov.br/participante/) e pelo aplicativo do Enem, por meio do
número de CPF cadastrado e da senha. Quem não lembra da senha para acessar os
dados pode recuperá-la ou mesmo resetá-la e fazer uma nova.
Durante a coletiva, o presidente do Inep apresentou os número gerais do
exame. As médias gerais foram 523,1 para matemática e suas tecnologias; 520,9
para linguagens, códigos e suas tecnologias; 508 para ciências humanas e suas
tecnologias; e 477,8 para ciências da natureza e suas tecnologias.
Quanto à redação, 53 participantes obtiveram a nota máxima (1.000) e
143.736 zeraram. Os maiores percentuais de motivos para nota zero foram:
redações em branco (56.945), fuga do tema (40.624) e cópia do texto motivador
(23.265). Para os treineiros, que são os que não concluíram o ensino médio, a
média ficou em 592,9. Estes poderão ter acesso às notas em março, assim como ao
espelho da redação.
Dos 5.095.308 de inscritos, 1.160.151 não compareceram às provas, o que
correspondente a 22,77% dos inscritos. Destes, 67,28% tiveram direito à isenção
da taxa de inscrição.
O exame também ofereceu 38.466 atendimentos especializados (destinados a
pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física,
deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual (mental), surdocegueira,
dislexia, déficit de atenção, autismo e/ou discalculia) e 11.654 atendimentos
específicos (gestante, lactante, idoso, estudante em classe hospitalar e/ou
pessoa com outra condição específica).
O presidente do Inep disse ainda que o aumento nos recursos de
acessibilidade se refletiu no desempenho dos participantes. Ao todo, foram
disponibilizados 53.552 recursos de acessibilidade, como videoprova em Libras,
tradutor-intérprete de Libras, sala de fácil acesso, prova ampliada (com letras
maiores), prova em braile, auxílio para transcrição e leitura, e o uso de
aparelho auditivo ou de implante coclear. "No caso dos participantes
surdos quando a gente colocou mais recursos para eles fazerem as provas houve
um aumento substancial no desempenho dos surdos", disse Lopes.
Enem digital
O ministério vai realizar, em 2020, uma versão digital do Enem. A aplicação
do exame será opcional e a estimativa inicial é de 50 mil participantes,
podendo chegar aos 100 mil. As provas ocorrerão nos dias 11 e 18 de outubro,
antes do Enem tradicional, marcadas para os dias 1º e 8 de novembro. A
implantação do Enem Digital será progressiva, com previsão de consolidação em
2026.
"O aluno vai optar entre uma das versões do Enem. A orientação do
jurídico [do Inep] é que a escolha seja por ordem de inscrição. O exame vai ser
aplicado em 15 capitais, o candidato vai selecionar a cidade e vai pedir a
inscrição, se tiver a vaga ele se inscreve, se não tiver ele será direcionado
para fazer a inscrição no Enem tradicional", informou Lopes. (Via: Agência Brasil)
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