Apenas seis detentos foram
recapturados, após 48 horas de fuga de 76 presos da Penitenciária Regional de
Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Um deles foi detido nesta segunda-feira
(20), já em território brasileiro, pela Polícia Militar do Mato Grosso do Sul.
As três últimas detenções registradas até a manhã de desta terça (21)
ocorreram na noite desta segunda-feira (20), na cidade de Arroyito, a cerca de
150 quilômetros de Pedro Juan Caballero. Os três fugitivos capturados são José
Enrique Ullon Duarte, Ronald Francisco Britez López e Orlando Manuel Torres
Vera, paraguaios que, segundo suspeita do Ministério do Interior, integram
célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) no país.
Segundo a Força Tarefa Conjunta, unidade das Forças Armadas paraguaias que
conta também com integrantes da Polícia Nacional e da Secretaria Nacional
Antidrogas nacional, os três foram detidos enquanto caminhavam pelo acostamento
de uma rodovia. As roupas “precárias” e a atitude suspeita chamou a atenção dos
agentes da Força Tarefa, que montou barreiras na região para tentar recapturar
os 76 fugitivos.
O brasileiro detido na manhã de ontem também foi abordado em situação
semelhante. Ele caminhava pela Rodovia BR-463, próximo a Ponta Porã (MS),
descalço, quando chamou a atenção de agentes do Departamento de Operações de
Fronteira (DOF), da PM sul-mato-grossense. Inicialmente, o detento se
apresentou com Eduardo Alves da Cunha – contra quem não haveria denúncias ou
mandado em aberto no Brasil - mas, segundo o Ministério do Interior apurou, seu
nome verdadeiro é Luis Alves Cruz.
Os outros dois fugitivos já detidos são Sabio Darío Gonzáles Figueredo,
localizado em uma residência próxima à penitenciária regional de onde havia
escapado, e Charli Antonio Giménez Martínez, que, de acordo com o jornal
paraguaio ABC Color, não chegou à rua, tendo sido apanhado no interior do túnel
de cerca de 15 metros que os detentos cavaram para “supostamente” escapar da penitenciária
regional. Supostamente porque as próprias autoridades paraguaias suspeitam de
que parte do grupo que fugiu deixou o presídio pela porta da frente, com a
anuência de agentes penitenciários.
“Já nos dias anteriores, vários dos fugitivos teriam deixado a prisão pela
porta principal. Isso implica que, com efeito, toda a penitenciária está
envolvida”, disse ontem o ministro do Interior, Euclides Acevedo.
Tão logo a fuga se tornou pública, o chefe de Segurança, Matías Vargas, e
o diretor da penitenciária, Cristian González, foram demitidos e cinco agentes
penitenciários foram presos. A ministra da Justiça, Cecilia Pérez, disse que “a
possibilidade de envolvimento de agentes penitenciários corruptos” é alta e que
a maioria dos detentos que escaparam integra a organização criminosa Primeiro
Comando da Capital (PCC). (Via: Agência Brasil)
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