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quinta-feira, 27 de maio de 2021

Presidente do Butantan diz que Brasil poderia ter sido o primeiro país a vacinar contra a Covid-19

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que está sendo ouvido na CPI da Covid-19 na manhã desta quinta-feira (27), disse que fez três propostas em 2020 para o fornecimento da CoronaVac ao Ministério da Saúde, em julho, agosto e outubro.

Segundo ele, foram ofertadas 60 milhões de doses, que seriam entregues no último trimestre de 2020. Em outubro, a oferta subiu para 100 milhões de doses. Desse total, 45 milhões seriam produzidas no Butantan até dezembro de 2020.

“Tudo aparentemente estava indo muito bem, tanto que em 20 de outubro fui convidado pelo [ex-]ministro [Eduardo] Pazuello para uma cerimônia no Ministério da Saúde em que a vacina seria anunciada como uma vacina [do PNI], com a incorporação de 46 milhões de doses (...) No outro dia, de manhã, as conversações adicionais não seguiram porque houve uma manifestação do presidente da República [Jair Bolsonaro] dizendo que a vacina não seria incorporada”, afirmou.

Covas também afirmou a senadores que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a imunização contra o novo coronavírus. 

"O mundo começou a vacinação no dia 8 de dezembro. No final do mês, tinham sido aplicadas pouco mais de 4 milhões de doses no mundo e nós tínhamos 5,5 milhões [prontas e estocadas], sem contrato com o Ministério (...)”, completou Dimas.

Blog: O Povo com a Notícia