A presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, determinou nesta quarta-feira (9) o afastamento, por 60 dias, do auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, apontado como responsável pela elaboração de um estudo paralelo que questiona o número de mortes por covid-19 no Brasil.
O afastamento é a primeira medida efetiva desde que seu nome surgiu como o provável autor de um documento equivocado que levantava suspeitas de superdimensionamento no número de mortes por covid-19 no Brasil.
Ana Arraes também determinou a abertura do processo administrativo disciplinar para investigar o auditor e o encaminhamento de pedido à Polícia Federal para que apure o caso.
O estudo paralelo produzido por Alexandre foi usado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro para questionar os números divulgados pelos estados sobre mortes causadas pela Covid-19.
O documento foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a apoiadores como se fosse um levantamento oficial do TCU sobre o assunto. O TCU, depois, desmentiu a fala de Bolsonaro, que, no dia seguinte, admitiu o erro.
Bolsonaro, na terça (8), chegou a reconhecer que havia errado ao atribuir a informação ao TCU, entretanto insistiu na informação de que há aumento no número de mortes causadas pela covid, sem apresentar provas para a suspeita.
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