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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Mais três cidades do Grande Recife registram casos de lesões na pele que provocam coceira; surto atinge 6 municípios

Mais três cidades de Pernambuco registraram casos de moradores com lesões na pele que provocam coceira: OlindaJaboatão dos Guararapes e São Lourenço da Mata. Com o acréscimo divulgado nesta quarta-feira (24), subiu para seis o número de municípios onde o surto foi registrado, todos eles no Grande Recife.

A lista inclui, ainda, a capital pernambucana, Camaragibe e PaulistaAo todo, foram notificados em Pernambuco 230 casos. Os relatos das pessoas é de coceira intensa, com lesões avermelhadas espalhadas pela pele. A causa do surto é desconhecida e segue em investigação.

Jaboatão dos Guararapes notificou 21 casos, que estão sendo investigados por equipes da Vigilância Epidemiológica do município. A maior parte dos registros é de moradores dos bairros de Piedade e Prazeres, mas também houve notificações no Zumbi do Pacheco e em Vila Rica.

Os números de casos em cada bairro de Jaboatão não foram informados pela prefeitura, que notificou dois casos no fim de outubro, outros dois na primeira semana de novembro e os demais nas duas últimas semanas.

A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que a população procure a unidade de saúde mais próxima para que possa ser realizada uma avaliação clínica.

Em São Lourenço da Mata, foram notificados, nesta penúltima semana de novembro, os três primeiros casos do município, todos eles registrados em pacientes do Hospital e Maternidade Petronila Campos.

Segundo a prefeitura, a Diretoria Municipal de Epidemiologia investiga mais três casos suspeitos de moradores que procuraram os postos de saúde da cidade com suspeita da lesão.

Na segunda-feira (22), Olinda notificou quatro casos, através da Diretoria de Vigilância em Saúde, por meio do Departamento de Epidemiologia. Os nomes dos bairros onde os registros foram feitos não foram divulgados.

Em nota, a prefeitura informou que monitora os casos "para investigar a origem do surgimento do surto". Ainda no texto, a prefeitura disse que toda a rede de saúde particular e pública da cidade "está em alerta para registrar e comunicar, de imediato, qualquer indivíduo que apresente tais sintomas".

Os primeiros casos do surto apareceram no Recife, no início do mês passado (veja vídeo acima). Desde o dia 1º de outubro, foram contabilizadas 134 pessoas com sintomas. Em Camaragibe e em Paulista, foram 62 registros e seis casos, respectivamente.

Registros do governo

Em nota divulgada nesta quarta-feira (24), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs) recebeu notificações de 140 desses casos sintomáticos, feitas pelas secretarias municipais de Saúde do Recife, com 134 registros, e de Paulista, com seis.

"Os casos estão sob investigação clínica, epidemiológica e laboratorial pelos municípios, com apoio do Lacen-PE [Laboratório Central de Pernambuco] e equipe de especialistas", informou o governo de Pernambuco, no texto.

Sobre as notificações de outros municípios, a SES declarou tem disponibilizado apoio técnico às prefeituras. "Informações de possíveis novos casos estão sendo verificadas junto às secretarias municipais, em parceria com as Gerências Regionais de Saúde (Geres), para notificação oficial", disse a secretaria, na nota.

Investigação

No dia 19 de novembro, o Núcleo de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública da Secretaria Estadual de Saúde lançou uma nota técnica que orientou os serviços e profissionais de saúde a notificarem, em até 24 horas, o Cievs sobre os casos de pessoas com lesões na pele e coceira.

As gestões municipais, a SES e especialistas ainda não identificaram qual a causa das lesões. As possibilidades investigadas vão desde a escabiose, conhecida popularmente como sarna humana, até reações alérgicas ou desequilíbrios ambientais provocados por questões como água e proximidade com áreas de mata.

Ainda de acordo com informações repassadas ao G1 PE, a relação com arboviroses, que são as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como denguezika vírus e chikungunya, é uma possibilidade remota apontada pelos epidemiologistas.

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