Entre os 34 alvos mencionados na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022, apenas uma mulher está presente: a delegada da Polícia Federal (PF) Marília Ferreira de Alencar.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também está entre os alvos. No documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusa Marília de ter atuado na "coordenação de forças policiais para ajudar na permanência do ex-presidente no poder" enquanto ocupava o cargo de diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, durante a gestão de Anderson Torres. Ela teria "buscado informações sobre os locais em que o presidente Lula teve melhor desempenho nas eleições".
Segundo infromações do O Globo, a delegada já havia sido investigada por omissão durante os ataques de 8 de janeiro de 2023, quando atuava como subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), também sob o comando de Anderson Torres.
O inquérito foi arquivado em janeiro de 2024, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base no entendimento de que ela não teria ficado inerte "diante das informações que chegaram a seu conhecimento sobre o ânimo dos manifestantes".
Marília é delegada da Polícia Federal desde julho de 2007. Ao longo de sua carreira na instituição, ocupou cargos na diretoria de Logística e Administração Policial e na Academia Nacional de Polícia. Ela atuou como chefe-substituta da Delegacia de Inquéritos Policiais Especiais, na Superintendência Regional do Distrito Federal, onde também exerceu a função de corregedora-substituta.
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Em 2021, Marília assumiu o cargo de diretora de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça.
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