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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Policial, médicos e fisioterapeutas são presos por fraudar laudos para obter indenizações do seguro DPVAT

A Polícia Civil prendeu uma quadrilha suspeita de fraudar laudos para obter indenizações do DPVAT, o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito. Entre as pessoas presas estão servidores públicos, como um policial civil; médicos, fisioterapeutas e outras pessoas que atuavam como intermediárias.

Na operação Sinistro, segundo a corporação, foram cumpridos 19 mandados de prisão e outros 19 de busca e apreensão em 13 cidades de Pernambuco, Paraíba e São Paulo. Os crimes investigados são falsidade ideológica, estelionato, uso de documentos falsos e corrupção passiva e ativa.

As investigações começaram em 2021, por causa de uma denúncia anônima de fraudes no seguro DPVAT. O grupo identificava vítimas de acidentes de trânsito, reais ou fictícias, e produzia boletins de ocorrência, laudos médicos e outros documentos falsos para embasar pedidos de indenização.

A polícia também informou que intermediários recrutavam vítimas, providenciavam a documentação e protocolavam requerimentos junto a uma seguradora. Eles retinham parte dos valores pagos pelo DPVAT.

Os nomes dos investigados não foram divulgados. Entre eles está um político que, atualmente, cumpre um mandado eletivo. A polícia não divulgou qual cargo, nem qual cidade.

Os mandados foram expedidos pela Vara Única da Comarca de Glória do Goitá. Na cidade, o policial civil registrava boletins de ocorrência que embasavam as fraudes.

"Era um esquema bem complexo, que envolvia várias pessoas Os médicos atuavam fornecendo laudos falsos, que atestavam situações que não existiam, ou agravavam situações que existiam, mas continham falsidade. Isso servia justamente para obter essa vantagem de forma fraudulenta. Além disso, fisioterapeutas emitiam recibos de atendimento, laudos de acompanhamento de pacientes, tudo falso", informou a delegada Lígia Cardoso, que chefia as investigações.

Os mandados foram cumpridos nas seguintes cidades:

Recife;

Arcoverde;

Belo Jardim;

Brejo da Madre de Deus;

Cachoeirinha;

Carpina;

Gravatá;

Limoeiro;

Paudalho;

Riacho das Almas;

Santa Cruz do Capibaribe;

Santos (SP);

Cabedelo (PB).

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Na operação, a polícia ouviu supostas vítimas, analisou documentos, conversas, áudios e comprovantes bancários que comprovaram pagamentos e repasses aos investigados. A delegada Lígia Cardoso contou, ainda, que despachantes também foram presos, e pessoas ligadas a empresas.

"Essas empresas tinham uma função de auxiliar as pessoas em relação à obtenção desse benefício do seguro DPVAT. A empresa se especializava nisso, se apresentava ao cliente como uma empresa que iria lhe ajudar na obtenção desse valor do seguro DPVAT, só que a forma como ela obtinha esse benefício era fraudulenta", declarou. (Via: G1)