Pernambuco registrou, entre 30 de
dezembro de 2018 e 28 de dezembro de 2019, 73.745 casos suspeitos de
arboviroses. Isso equivale a um aumento de 161% nas notificações de doenças
como dengue, zika
e chicungunha. Em 2018, foram 28.257 casos suspeitos
registrados. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (06) pela
Secretaria Estadual de Saúde.
Entre os casos notificados, a maioria foi de dengue, totalizando 61.451
(163% de aumento). Outros 8.467 (145% de aumento) foram de casos suspeitos de
chicungunha e 3.827 de zika (153% de aumento).
O número de pessoas que morreram pelas arboviroses chegou a 13
confirmados - dos 127 notificados, 65 foram descartados. Foram 12 por dengue e
um por chikungunya. Em 2018 foram notificados 80 óbitos suspeitos.
A Secretaria de Saúde ressalta que o diagnóstico positivo de óbito por
arboviroses não necessariamente confirma a arbovirose como causa da morte. Para
descarte ou confirmação é necessário uma investigação domiciliar e hospitalar
minuciosa, além de da discussão de cada caso no Comitê Estadual de Discussão de
Óbitos por Dengue outras Arboviroses.
Dengue
O casos suspeitos de Dengue tiveram um aumento de 163,7% durante o ano e
2019 quando comparados ao ano de 2018 - foram 23.298 casos.
Dos 61.451 casos notificados por 184 municípios mais a Ilha de Fernando
de Noronha, 20.448 foram confirmados e 23.307 descartados.
Zika
Pernambuco teve notificações de casos de Zika em 133 municípios. Foram
3.827 casos notificados, 2.657 descartados e 108 confirmados.
Um aumento de 153,6% nas notificações durante 2019 em comparação a 2018.
Chikungunya
Os números de casos de Chikungunya também aumentaram, ainda que em menor
quantidade se comparados aos de Dengue e Zika.
Em relação ao ano de 2018, o aumento foi de 145,4% - 8.467 casos
notificados, 990 confirmados e 5.432 descartados por 150 municípios.
Índice de Infestação Predial
A análise da quantidade de imóveis com a presença de Aedes aegypti, que
resulta no Índice de Infestação Predial, apontou 34 municípios em Pernambuco em
situação de risco de surto, 91 em situação de alerta e 59 em situação
satisfatória.
Febre amarela
Pernambuco não é uma área com recomendação de vacinação para febre
amarela. A SES, porém, iniciou, em fevereiro de 2018, a vigilância sentinela de
macacos para averiguar possíveis causas para mortes de primatas, que podem ser
por doenças como raiva, febre amarela ou outras zoonoses.
Esta é uma das estratégias para detecção precoce do vírus da febre
amarela, já que os macacos doentes funcionam como sentinelas para a vigilância
dessa doença em humanos - o mosquito pode se infectar com o animal e, em
seguida, repassar para os humanos. Pernambuco não registra circulação de febre
amarela desde a década de 1930.
Em 2018, foram notificadas 77 ocorrências envolvendo 93 primatas não
humanos (macacos). Esses animais foram encontrados mortos e notificados aos
órgãos ambientais e de vigilância (municipais e estaduais). Até o momento,
nenhum caso humano ou animal foi diagnosticado com febre amarela. Neste ano,
foram notificadas 25 ocorrências envolvendo 37 primatas.
Em Pernambuco, apenas devem ser vacinadas as pessoas que comprovadamente
se deslocarão para as áreas de risco e/ou com recomendação de vacinação. (Via: Jc Online)
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