A Câmara dos Deputados terá
sessão nesta quinta-feira (17) para eleger a comissão especial que analisará o
processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. A sessão
será aberta às 10 horas e, até o meio-dia, os líderes vão indicar nomes de
deputados para compor a comissão. Às 14 horas, se houver quórum, começará o
período de Ordem do Dia, com a eleição da comissão especial como único item da
pauta. A instalação da comissão está prevista para as 17 horas. A eleição do
presidente e do relator da comissão poderá ocorrer na quinta ou na sexta-feira.
As informações foram divulgadas após a reunião de líderes partidários no
gabinete do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
A
comissão especial será formada por 65 membros. O bloco liderado pelo PMDB terá
28 membros. Já o bloco liderado pelo PT terá 19, enquanto o bloco que tem à
frente o PSDB terá 12 integrantes. PRTB e PTC ficaram sem representantes,
porque perderam parlamentares durante o período de trocas partidárias. Por
outro lado, DEM e PP passaram a ter um representante a mais, com 3 e 5,
respectivamente.
O líder
do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), informou que a decisão final do
Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o rito do impeachment ainda está sendo
examinada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a fim de cumprir
rigorosamente o que foi determinado pelo Supremo.
Para o
deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a decisão do Supremo reforça a legalidade. “Nós
temos votos mais do suficiente para impedir que o processo avance na Câmara e
mais ainda no Senado”, disse Pimenta.
Para o
deputado, manter a pauta do impeachment é manter a pauta da instabilidade. “Ela
[a pauta] só serve ao Eduardo Cunha, só serve à oposição, só prejudica a
economia. Enterrar o impeachment e afastar o Eduardo Cunha são duas medidas
urgentes para o Brasil voltar a crescer e estabilizar a economia”, acrescentou.
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