A Polícia Federal (PF) divulgou,
nesta sexta-feira (25), o resultado da 'Operação Cânhamo I', realizada em 14
localidades do Sertão de Pernambuco, entre os dias 1º a 8 de março. Na ação
foram erradicados 170 mil pés de maconha, o que contribuiu para a redução da
produção e a oferta da droga no interior e na capital do Estado. Ninguém foi
preso.
A Operação foi
deflagrada em Orocó,Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Dormentes, Afrânio e Ilhas do São
Francisco, todas no interior pernambucano. A ação ocorreu ainda em Mirandiba,
Ibimirim, Carnaubeira, Floresta, Betânia, Manaris e Petrolândia, também no
interior de Pernambuco.
Para localizar as
plantações, a PF contou com o trabalho de 40 policiais, entre federais, civis e
militares do Corpo de Bombeiro. Foram utilizadas três aeronaves e quatro botes
infláveis. Ao todo foram erradicados 170 mil pés de maconha, 31 plantios foram
destruídos e 58 mil mudas foram incineradas. A polícia ainda apreendeu 400 kg
da droga pronta para consumo. Com a 'Operação Cânhamo I', deixaram de ser
produzidas 56 toneladas de maconha.
Balanço: Em 2015 a Polícia federal erradicou 806 mil pés de maconha, 260 plantios
e 361 mil mudas. 268 toneladas do entorpecente deixaram de ser produzidos e
houve ainda a apreensão de 546 kg da droga pronta para consumo. Segundo o chefe
de comunicação da PF, Giovani Santoro, as contantes operações estão fazendo com
que os produtores abandonem a prática.
“A gente percebeu
que desde a última operação, que tem diminuído muito o número de plantios. Se
não fosse uma roça com mais de 100 mil pés, que nós nem estávamos esperando,
teríamos encontrado um número abaixo de 67 mil pés, o que é incomum. Antes
encontrávamos 400 a 500 mil. Isso mostra que os agricultores estão procurando
outras culturas de subsistência e não mais a maconha”, destaca Giovani.
Durante as ações, a
polícia acompanha o ciclo produtivo da maconha e quando se aproxima do período
da colheita, a operação é realizada interrompendo a secagem e a introdução da
droga no mercado consumidor. De acordo com Giovani, como a produção da droga na
região está escassa, os traficantes estão importando a droga de outros lugares.
“Grande parte da maconha da região vem do Paraguai, como
na última apreensão que fizemos, de mais de uma tonela, é porque
a demanda aqui não está sendo tão grande assim. Quando isso acontece, quando
diminui a oferta de maconha na região, a tendência natural é reduzir os
assaltos, homicídios, brigas entre gangues, porque são coisas que giram em
torno da droga”, explica Giovani. (Via: Ascom / G1 Petrolina)
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