Ao romper com o governo da
presidente Dilma, o PMDB também dá instrumentos para o Planalto trabalhar
contra a aprovação do impeachment. Lula, articulador político da presidente
Dilma, terá à sua disposição sete ministérios e mais de mil cargos em cima do
balcão. Se isso vai dar certo ou se vai render os 172 votos que Dilma precisa,
ninguém sabe.
Esses
cargos, segundo deputados do PP e do PR, serão distribuídos entre os
peemedebistas, e outros aliados, que se mantiverem fiéis e para aqueles
partidos que a oposição chama de intermediários. Os alvos do governo petista
são as bancadas na Câmara do PP, do PR, do PTB e do PSD. Esses quatro partidos
somam 140 deputados, sendo 53 do Nordeste.
A
distribuição desses cargos é um sonho e uma ambição desses partidos, que sempre
tiveram como barreira a força política do PT e do PMDB. Sem o principal aliado
do Planalto e com a fome do PT contida pela necessidade, seus políticos
acreditam que seu caminho para obter mais poder está aberto.
Acrescentam
que para esses eleitores é como se a presidente Dilma não existisse. Para eles,
quem está no pelourinho é o ex-presidente Lula. Ele é quem pode sofrer o
impeachment e, alheios a operação Lava-Jato, pedem pelo ex-presidente. Um deles
relata: "No interior, o que ouço são as pessoas me dizerem: não abandone o
Lula".
Esses
relatos têm chegado ao Planalto e, por isso, o governo avalia que a partida não
está perdida. Eles acreditam na sobrevivência de Dilma e seu governo,
contrariando a opinião generalizada que o governo acabou e que é só uma questão
de tempo. (Via: Ilimar Franco – O Globo)
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