O vírus da gripe H1N1 já está
circulando por Pernambuco. Este ano foram confirmados pela Secretaria Estadual
(SES) de Saúde 10 casos de pacientes que contraíram o vírus em sua forma mais
leve e três casos de pessoas internadas com o quadro grave da doença. No ano
passado não houve nenhum registro de H1N1 no Estado. Apesar das confirmações, a
secretaria diz que ainda não há indícios de surto da doença em Pernambuco, como
ocorre em São Paulo, onde 38 pessoas já morreram em decorrência de complicações
causadas pelo vírus. O Estado, no entanto, reforçou a vigilância epidemiológica
e faz um alerta para que as pessoas participem da campanha nacional de
vacinação que será realizada de 30 de abril a 20 de maio.
A gerente de Vigilância
Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis, Ana Antunes, explica que ainda não
há nenhuma notificação de óbito decorrente da doença no Estado. Este ano, foram
feitas 47 notificações de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Desse
universo, a secretaria coletou amostras de 30 pacientes, sendo 3 positivos para
influenza. Entre os casos mais leves, foram coletadas amostras de 125
pacientes. Dez exames laboratoriais já apresentaram resultado. Todos foram
positivos para o vírus. “Pelos dados analisados, a identificação do vírus, de
fato, tem sido mais frequente, mas não há indicativo de surto”, diz Ana
Antunes.
Ela observa que, diante da
situação de Estados como São Paulo, é preciso redobrar os cuidados. “Adotamos
um controle mais rigoroso no rastreamento dos casos e aumentamos o universo de
pacientes que tiveram amostras coletadas”, informa a gerente de Vigilância
Epidemiológica.
Para
as pessoas que precisam viajar para áreas onde o vírus está espalhado, é
importante tomar algumas precauções, como lavar as mãos com frequência, cobrir
nariz e boca quando espirrar ou tossir, não compartilhar objetos de uso pessoal
e preferir ambientes ventilados.
A
forma mais eficiente de prevenção, no entanto, é a vacinação. A importância da
imunização em massa é atestada em números. Estudos mostram que quando a
campanha atinge uma cobertura de 80% da população alvo, a redução da quantidade
de internações e óbitos decorrentes da influenza chega também a um índice de
80%.
“Com
a cobertura alta conseguimos quebrar a cadeia de transmissão e afastar a
circulação do vírus naquele ambiente. Por isso é fundamental a vacinação”,
explica a coordenadora do Programa de Imunização do Estado, Ana Catarina Melo.
Uma vez que o vírus já circula por Pernambuco, ela reforça que quanto antes as
pessoas buscarem os postos de saúde para se vacinar, mais eficiente será a
barreira de proteção contra a doença.
No
Estado, o grupo prioritário (crianças, idosos, gestantes, população indígena,
trabalhadores de saúde) representa cerca de 2 milhões de pessoas. Em 2015,
foram vacinadas 1.591.643 (84,56%). O público total no ano passado era de
1.882.286. (Via: G1)
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