A conclusão do Inquérito dos
Portos, entregue na terça-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF), traz
detalhes de um esquema de corrupção liderado, segundo a PF, pelo presidente
Michel Temer (MDB) há mais de 20 anos, desde a época em que era deputado
federal por São Paulo.
No relatório final, que tem mais de 800 páginas, o delegado Cleyber Malta
Lopes afirma que "é possível concluir que há elementos concretos e
relevantes no sentido que a edição do decreto buscou atender interesses de
empresas portuárias ligadas aos agentes políticos Michel Temer e Rodrigo Rocha
Loures". E ainda que "o Decreto questionado poderia permitir um novo
período de influência no setor portuário pelo investigado Michel Temer e seus
aliados políticos".
De acordo com a PF houve também "robustez de elementos" para
confirmar que o coronel João Baptista Lima Filho faz parte de uma
"estrutura de capitação de recursos financeiros ligada ao senhor Michel
Temer".
O caso foi encaminhado pelo ministro do Supremo Luís Roberto Barroso para
a Procuradoria Geral da República (PGR), que tem até 15 dias para se pronunciar
por meio de parecer e decidir se apresenta ou não denúncia à Justiça. Se a PGR
denunciar Temer ao STF, a Câmara dos Deputados terá de autorizar o
prosseguimento do processo.
Blog: O Povo com a Notícia