Em entrevista ao programa Primeira Página da Rádio Jornal nesta
segunda-feira (8), o governador Paulo Câmara (PSB) foi questionado como será
sua relação com o presidente Michel Temer (MDB) no período restante do mandato
do emedebista. Apesar de voltar a citar as rusgas com o presidente, o governador
adotou um tom de pacificação.
“Se for necessário e dos interesses em Pernambuco (ir visitar Temer em
Brasília), nós não vamos de maneira nenhuma nos omitir. Evidentemente, que o
presidente da República fez um desserviço a Pernambuco quando entrou da forma
que entrou na Rádio jornal dando entrevista para querer ajudar os nossos
adversários. Mas isso passou também. A eleição passou e estou aqui para
governar Pernambuco. E vou sempre procurar o presidente da República até
dezembro para cobrar e para solicitar questões que sejam importantes para
Pernambuco”, disse.
No dia 29 de agosto, o presidente Temer deu uma entrevista ao programa
Passando a Limpo e lembrou que o governador liberou os secretários do seu
governo para votar a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
“Desde o impeachment de Dilma, ele (Paulo Câmara sempre me apoiou)”, afirmou,
acrescentando que o socialista “precisava de alguém para bater” na campanha à
reeleição e que, após a eleição, ele pacificaria.
Para rebater, o governador entrou no ar logo em seguida na Rádio e
rebateu disse o emedebista “nunca teve o seu apoio” e o acusou de perseguir o
Estado ao, segundo ele, não liberar recursos para obras como a Adutora do
Agreste. As declarações de Temer serviram de munição para a campanha do senador
Armando Monteiro Neto (PTB) e de aliados.
”Temos muitas obras federais que precisam ser concluídas, outras que
precisam sair do papel, e não vou colocar questões menores na frente de
questões maiores. Vamos buscar, ainda esse ano, recursos para Pernambuco, vou
cobrar muito. A Adutora do Agreste não recebeu ainda um real do Governo
Federal”, afirmou. (Via: Blog do Jamildo)
Blog: O Povo com a Notícia