O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, 77 anos, foi eleito o novo presidente do país após vencer o atual presidente e candidato à reeleição Donald Trump do partido republicano. Até agora, Biden conquistou 273 delegados, número que garante a vitória. A apuração ainda continua. A projeção é dos principais canais de TV do Brasil e norteamericanas, divulgada neste sábado (7).
Biden é um velho conhecido da política estadunidense, tendo sido eleito pela primeira em 1972 quando assumiu como senador pelo estado de Delaware e deixou a sua cadeira apenas em 2017, após a eleição de Trump. Biden foi o vice-presidente dos EUA durante as duas gestões do ex-presidente Barack Obama (2008-2016).
A escolhida para compor a chapa com o experiente político democrata foi a jovem senadora Kamala Harris, que disputou as primárias da legenda contra o novo presidente. Biden disputou as primárias contra outros 29 candidatos, mas o seu principal adversário foi o senador Bernie Sanders que após resultados negativos, retirou sua candidatura e oficializou o apoio ao postulante.
O primeiro ponto sobre as eleições dos Estados Unidos é que o voto é facultativo, ou seja, ou cidadãos não são obrigados a votar, podendo optar por isso sem ter que justificar sua ausência ou pagar multas. Levando isso em conta, além da campanha pelo voto no candidato, a dinâmica é modificada pela quantidade de pessoas que votam ou não. Neste ano, foram amplamente abordados tanto a necessidade quanto a importância do voto por ambos lados da disputa
A segunda e mais incisiva diferença no rito eleitoral é que a eleição americana é indireta. Ou seja, o próximo ocupante da Casa Branca não necessariamente será o que tem mais votos da população. Os votos dos eleitores de cada estado servem para eleger delegados no Colégio Eleitoral. Estes delegados — 538 nomes no total — representam os votantes de seu estado e fazem a escolha final do próximo presidente.
Para se declarar um vencedor das eleições eleitorais dos EUA, são necessários pelo menos 270 delegados dos 538 totais. Cada estado americano tem um certo número de delegados, baseado na quantidade de distritos que estão contidos nele. Esses distritos são recortes de 435 pedaços — cujo número também é o de deputados do país — baseados no tamanho da população. Há estados com apenas dois distritos, e outros com números que chegam a 53.
Além da quantia semelhante ao número de deputados, também são levados em conta o número de dois senadores por estado, que resultam em mais dois delegados por cada uma das 55 unidades federativas, resultando no total de 535. Os três delegados restantes são correspondentes aos três votos dos distritos presidenciais de Columbia e Washington. A heterogeneidade do sistema e é tida como consequência do federalismo americano, que permite regras personalizadas e individuais para cada estado.
Por fim, nos estados há um controverso sistema do “vencedor leva tudo”, que funciona da seguinte maneira: na Califórnia, o candidato “A” teve 50,1% dos votos válidos, contra 49,9% do candidato “B”. Apesar da proximidade, o candidato “A” levará todos os delegados pertencentes ao estado. Essa possibilidade permite que o candidato com menos votos gerais de eleitores vença as eleições. Em 2016, Donald Trump derrotou Hillary Clinton desta maneira.
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