No debate da TV Jornal, João Campos já havia mostrado que iria usar o antipetismo na reta final da campanha. Ele citou várias vezes João da Costa, de modo a usar a rejeição do governo dele nas costas de Marília Arraes.
Na quinta-feira anterior à eleição, João Campos (PSB), que enfrenta Marília Arraes (PT) no segundo turno nas eleições do Recife, comprometeu-se a fechar qualquer tipo de portas para o PT durante o seu governo, caso eleito. O candidato afirmou que não aceitará nenhuma indicação política do PT durante os quatro anos de sua gestão, em declaração feita na Rádio CBN de Recife.
No UOL
O prefeito eleito da cidade do Recife, João Campos (PSB), declarou nesta segunda que não haverá indicação política de membros do PT para a ocupação de cargos em seu governo.
Campos derrotou sua prima, Marília Arraes (PT), na disputa pela prefeitura. Ao longo da campanha, os candidatos trocaram diversas acusações que envolveram farpas entre os partidos — aliados no âmbito estadual.
“Me posicionei ao longo da campanha firmando um compromisso com as pessoas do Recife, que no meu governo, durante os quatro anos, não haverá indicação política do PT para ocupação de espaços”, afirmou Campos. As declarações foram dadas ao jornalista Carlos Madeiro durante o UOL Entrevista.
Campos afirmou que, no estado do Pernambuco, cabe ao governador Paulo Câmara (PSB) e à instância estadual do partido decidir sobre alianças com outras siglas, como o PT.
Ele também disse defender uma união dentro do campo da centro-esquerda no âmbito nacional, com foco nas eleições de 2022. “Eu defendo sim uma aliança, inclusive a gente faz isso dialoga com o PDT, Rede e PV”, afirmou.
Perguntado se incluiria o PT como possível aliado nesta união nacional, Campos declarou que o partido “tem uma dificuldade de fazer aliança” e que “às vezes ele coloca um projeto hegemônico próprio à frente da capacidade de aliança com os demais conjuntos”.
“Eu penso que, no meio de uma crise sanitária e econômica como essa, os partidos precisam ter uma capacidade diálogo e de entender qual o melhor caminho ser construído para o Brasil. A conveniência do país tem que estar na frente da conveniência de qualquer partido político”, disse Campos.
Questionado se, após a campanha, a família se dividirá de forma permanente na política, Campos disse não misturar as duas questões. João é filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes. Marília, por sua vez, é neta de Arraes.
“Eu não misturo família com a política. A eleição se dá no campo da política. Partidos diferentes, candidaturas diferentes, filiações partidárias, coligações, frentes diferentes”, declarou.
“Eu sempre fiz questão de dizer: Arraes e Eduardo não têm dono de seus legados. Eles pertencem ao povo pernambucano e nordestino, ao campo popular e progressista, a quem defende que a desigualdade social deve ser a principal luta a ser enfrentada no país”, disse. (Via: Blog do Jamildo)
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