Clientes do Carrefour disseram à Polícia Civil que foram importunadas dentro do supermercado por Beto Freitas, 40, espancado até a morte no local. Segundo os relatos das testemunhas, as importunações ocorreram em ocasiões anteriores ao dia do homicídio.
"[As testemunhas] referiram que a vítima era alguém que, por vezes, costumava causar algumas intercorrências no mercado, importunando algumas pessoas que lá estavam no sentido de fazer as suas compras ou adquirir algum produto", disse ela.
Um dos seguranças presos pelo crime disse à polícia que não houve discussão com Beto Freitas antes da agressão. Ele afirmou também que não teve a intenção de matá-lo. Logo após a prisão em flagrante, ele havia optado por permanecer em silêncio. Porém, na última sexta-feira (27), falou durante cerca de quatro horas em depoimento à Polícia Civil.
"A intenção dele [segundo o depoimento] era tão somente de imobilizar a vítima [Beto] em razão de que, depois de ela tê-lo atingido com um soco, teria ficado extremamente agressiva", relatou Bertoldo.
À reportagem a delegada afirmou que nada justifica a violência cometida contra Freitas.
"Muito se fala sobre a vida pregressa da vítima, sobre ter causado algum embaraço anterior no supermercado. Apuramos tudo para entregar o inquérito mais completo possível à Justiça, mas nada muda o teor da violência. A reação foi desproporcional", diz.
Além dos dois seguranças que agridem Beto Freitas, é possível ver no vídeo a fiscal do supermercado Adriana Alves Dutra filmando e observando o espancamento sem interferir na ação. Ela foi presa na última terça-feira (24).
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