Os partidos do Centrão que conquistarem mais prefeituras nas eleições de 2020 devem conquistar também mais cargos no governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido), é o que revela apuração do Estadão junto à fontes do governo.
“Partidos que saírem vitoriosos das urnas terão mais influência numa eventual reforma ministerial, até onde se sabe, prevista para o início do próximo ano. O motivo? Sem um partido para chamar de seu e perdendo apoios na classe média, Jair Bolsonaro precisará aumentar sua capilaridade nos rincões do país para estar bem posicionado em 2022”, explica reportagem publicada nesta terça-feira, 3.
No início de 2020, Bolsonaro alinhou-se ao Centrão em uma costura que vinha se arrastando desde 2019. O bloco que faz a sustentação da base de apoio do governo Bolsonaro no Congresso Nacional é conhecido pela política do toma-lá dá-cá e pelo fisiologismo, que é uma união baseada apenas em ganho de cargos e influência, sem observar o aspecto ideológico ou plataforma de governo.
O Centrão é formado por parlamentares do PP (40 deputados), Republicanos (31), Solidariedade (14) e PTB (12), que formam o núcleo do Centrão raiz. Em certos momentos, são somados os partidos o PSD (36 deputados), MDB (34), DEM (28), PROS (10), PSC (9), Avante (7) e Patriota (6). Em 2020, por conta de um racha provocado pela sucessão da presidência da Câmara dos Deputados, o Dem e o MDB se uniram para formar o blocão de centro-direita.
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