A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (04), uma operação para investigar o saque ilegal de R$ 4 milhões em precatório, no Recife. Segundo a PF, um advogado teria retirado o valor utilizando uma procuração pública feita com base em um documento de identidade falsificado (veja vídeo acima).
Ao todo, quatro mandados de busca e
apreensão foram cumpridos dentro da operação 4 Milhões, além do bloqueio de
contas bancárias, sequestro de imóvel e afastamento de sigilo bancário e fiscal
de pessoas físicas. Todas as medidas cautelares foram expedidas pela 4ª Vara da
Justiça Federal de Pernambuco.
De acordo com a investigação, a
procuração foi lavrada no cartório de Moreno, na Região Metropolitana, para conseguir sacar
o valor na agência da Caixa Econômica Federal localizada
no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Centro do Recife. O nome do investigado não foi divulgado.
"Já identificamos
um advogado, que foi quem apresentou a documentação falsificada,
uma procuração pública ideologicamente falsa, feita com base em um documento de
identidade falsificado", disse o delegado o delegado da PF Dário Márcio Sá
Leitão.
Um precatório
é uma dívida de municípios, estados ou da União, assim como de autarquias e
fundações. Não foi detalhado que tipo de precatório foi sacado ilegalmente.
O dinheiro foi
retirado em 1º de setembro. "De lá para cá, [ele] tem feito diversas
movimentações bancárias que nós estamos averiguando", apontou o delegado.
O saque foi descoberto depois de a verdadeira beneficiária do processo
comparecer à Caixa, segundo a PF.
De acordo com a PF, três mandados
foram cumpridos no Recife e um na cidade de Moreno. “Dois mandados estavam
relacionados ao advogado, um a uma mulher e outro ao cartório”, disse Sá
Leitão.
A investigação
buscou também identificar outros possíveis membros da organização criminosa e
precatórios que podem ter sido sacados de forma fraudulenta, além do destino
dos valores que foram desviados. Somando as penas dos crimes pelos quais o
grupo é investigado, a reclusão pode chegar a 30 anos.
“O que a gente
pode adiantar é que vamos buscar outros envolvidos na organização criminosa e
também o destino desses valores, para que sejam bloqueados na Justiça”, afirmou
o delegado. (Via: G1 PE)
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