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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Em PE, Polícia Federal investiga advogado suspeito de saque ilegal de precatório de R$ 4 milhões

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (04), uma operação para investigar o saque ilegal de R$ 4 milhões em precatório, no Recife. Segundo a PF, um advogado teria retirado o valor utilizando uma procuração pública feita com base em um documento de identidade falsificado (veja vídeo acima).

Ao todo, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos dentro da operação 4 Milhões, além do bloqueio de contas bancárias, sequestro de imóvel e afastamento de sigilo bancário e fiscal de pessoas físicas. Todas as medidas cautelares foram expedidas pela 4ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco.

De acordo com a investigação, a procuração foi lavrada no cartório de Moreno, na Região Metropolitana, para conseguir sacar o valor na agência da Caixa Econômica Federal localizada no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, no Centro do Recife. O nome do investigado não foi divulgado.

"Já identificamos um advogado, que foi quem apresentou a documentação falsificada, uma procuração pública ideologicamente falsa, feita com base em um documento de identidade falsificado", disse o delegado o delegado da PF Dário Márcio Sá Leitão.

Um precatório é uma dívida de municípios, estados ou da União, assim como de autarquias e fundações. Não foi detalhado que tipo de precatório foi sacado ilegalmente.

O dinheiro foi retirado em 1º de setembro. "De lá para cá, [ele] tem feito diversas movimentações bancárias que nós estamos averiguando", apontou o delegado. O saque foi descoberto depois de a verdadeira beneficiária do processo comparecer à Caixa, segundo a PF.

De acordo com a PF, três mandados foram cumpridos no Recife e um na cidade de Moreno. “Dois mandados estavam relacionados ao advogado, um a uma mulher e outro ao cartório”, disse Sá Leitão.

A investigação buscou também identificar outros possíveis membros da organização criminosa e precatórios que podem ter sido sacados de forma fraudulenta, além do destino dos valores que foram desviados. Somando as penas dos crimes pelos quais o grupo é investigado, a reclusão pode chegar a 30 anos.

“O que a gente pode adiantar é que vamos buscar outros envolvidos na organização criminosa e também o destino desses valores, para que sejam bloqueados na Justiça”, afirmou o delegado. (Via: G1 PE)

Blog: O Povo com a Notícia