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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Políticos utilizaram lotéricas para “lavar dinheiro” oriundo de contratos da Codevasf em Petrolina

Pelo menos 5 Casas Lotéricas teriam sido usadas para “lavar” recursos desviados da 3. Superintendência Regional da Codevasf em Petrolina, segundo informações divulgadas ontem pela Polícia Federal e a CGU no âmbito da Operação Mapa da Mina.

Os contratos eram firmados com uma empresa de segurança privada chamada Alforge controlada por um oficial da PM de Pernambuco que por muitos anos esteve à disposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco durante a presidência do já falecido deputado Guilherme Uchoa.

O filho de Guilherme Uchoa, o também deputado Júnior Uchoa, do PSC, foi alvo da Operação por ser dono da Casa Lotérica Mapa da Mina, situada no Carrefour da Torre, bairro de classe média da Capital pernambucana e que deu nome à Operação.

Segundo os investigadores, a Operação é um desdobramento da Operação Decimus, deflagrada pela PF em abril de 2018, cuja finalidade foi apurar crimes de uso de documentos ideologicamente falsos por parte dos responsáveis por um grupo de empresas de segurança e vigilância patrimonial. Com o aprofundamento das apurações, observou-se que o grupo empresarial investigado estaria fraudando licitações, direcionando-as, inclusive por meio de oferta de vantagens a servidores públicos. Durante a deflagração da Operação Decimus, o tenente-coronel Pércio Ferraz, apontado como verdadeiro dono das empresas chegou a ser preso.

Especificamente na esfera federal, verificou-se que uma das empresas do grupo investigado foi beneficiada por irregularidades nas fases de verificação da habilitação e de análise de recursos em pregão realizado pela 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), cuja sede fica em Petrolina. Além disso, uma sequência de ‘chats’, obtida por meio de quebra de sigilo telemático, demonstrou tratativas entre representantes do grupo empresarial e empregados públicos da Companhia com o intuito de garantir, irregularmente, a manutenção de contrato já firmado entre as partes.


Apenas uma das empresas do grupo investigado, a Alforge, já recebeu pagamentos da ordem de R$ 16 milhões de órgãos públicos federais localizados em Pernambuco, dos quais cerca de R$ 1,5 milhão transferido pela 3ª Superintendência Regional da Codevasf.

De 2013 até a presente data, duas das empresas do grupo já receberam aproximadamente R$ 175.000.000,00 (cento e setenta e cinco milhões de reais) dos cofres públicos, assim distribuídos: Entidades municipais: aproximadamente R$ 54.000.000,00; Entidades estaduais: aproximadamente R$ 105.000.000,00.

A Operação Mapa da Mina cumpriu 24 mandados de busca e apreensão nos municípios de Recife (PE) e Olinda (PE) e Floresta (PE). Os trabalhos contaram com a participação de aproximadamente 100 policiais federais e de seis auditores da Controladoria. (Via: Blog da Noelia Brito)

Blog: O Povo com a Notícia