O secretário especial de Cultura, Mario Frias, rebateu nesta terça-feira (2/11) declaração do ator e diretor Wagner Moura, dada na noite de segunda-feira (1º/11), em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. No programa, Moura afirmou não ter respeito por qualquer declaração de qualquer pessoa que faça parte do governo Jair Bolsonaro (sem partido).
No trecho da entrevista, Moura se negou a comentar uma frase do
presidente da Fundação Palmares, Sérgio
Camargo, com ataques ao filme Marighella, a estreia do ator na
direção.
“Eu não vou comentar. Eu não tenho nenhum respeito por nenhuma declaração que venha de qualquer pessoa que faça parte desse governo, nem desse cara, aquele outro cara da Secretaria de Cultura. Não vou comentar, porque não respeito. A gente precisa escolher os combates”, respondeu Moura, ao ser instado a comentar a frase de Camargo, que chamou Marighella de um filme racista.
Vídeo:
Ao comentar a entrevista pelo Twitter, Frias afirmou que a falta de
respeito é mútua e disse que não sente nada além de desprezo pelo artista.
O filme Marighella, aplaudido de pé no Festival de
Berlim de 2019, chega aos cinemas brasileiros nesta semana. O lançamento do
longa sofreu uma série de adiamentos: a previsão era de que ele chegasse ao
público há dois anos, mas atrasou devido a problemas com a Agência Nacional do
Cinema (Ancine) e, posteriormente, pela pandemia de Covid-19.
No filme, Seu Jorge interpreta o papel do
guerrilheiro Carlos Marighella, que fez parte da resistência armada à ditadura
militar (1964-1985) no Brasil.
O trabalho integra uma sequência de projetos
baseados em fatos reais que buscam, segundo o ator, revisitar a história. O
primeiro deles foi Sergio, onde Moura interpreta o diplomata brasileiro, alto
comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, Sergio Vieira de Mello, morto
em atentado no Iraque em 2003.
Em seguida, vieram Tropa de Elite, baseado no
ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais, o Bope, do Rio de Janeiro,
Rodrigo Pimentel; e Narcos, que resgata parte da história de Pablo Escobar e do
narcotráfico na Colômbia. (Via: Metrópoles)
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