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terça-feira, 26 de abril de 2022

Vice-diretora de escola chama tenente da PMDF de “cagão”. Ouça

O embate entre a vice-diretora de uma escola que utiliza o modelo cívico-militar e um oficial da Polícia Militar (PMDF) foi parar na delegacia. O tenente, que ocupa o posto de comandante disciplinar do Centro Educacional 01 (CED 01), da Cidade Estrutural, registrou ocorrência contra a servidora da Educação após a gestora xingá-lo de “tenente cagão”, em um áudio enviado por meio do WhatsApp.

De acordo com o relato do oficial, os desentendimentos ganharam contornos mais agressivos depois de uma confusão ocorrida nas dependências da instituição de ensino. O tumulto envolveu a condução de um aluno que desrespeitou os policiais, o que caracterizou infração de situação análoga a desacato.

Irritada, a mãe do estudante esteve na escola xingando os PMs, dando dedo, fazendo gestos obscenos, afirmando que iria fazer manifestação contra a presença da PMDF no centro educacional e que chamaria traficantes da cidade para invadir o estabelecimento de ensino. Ela não foi presa, segundo os policiais, porque a vice-diretora a retirou do local em seu veículo particular.

Ouça vice-diretora chamando tenente da PM de “cagão”:


“Poderoso chefão”

Na ocorrência registrada na Polícia Civil, o tenente apresentou prints, aúdios e vídeos. Segundo o oficial, a vice-diretora ainda ameaçou “pedir sua cabeça” e o chamou de “poderoso chefão” e “bam bam bam”. De acordo com o PM, existem várias denúncias de pais de alunos no Conselho Tutelar, no mesmo sentido, contra a mesma profissional de educação.

O tenente revelou que, em um período de dois meses, na mesma escola, foram registradas 2,4 mil advertências, 18 suspensões e 15 ocorrências policiais. Na maioria houve apreensões de facas, facões e punhais.

Procurada pela coluna, a Secretaria de Educação afirmou que o modelo das escolas cívico-militares já está consolidado com sucesso no Distrito Federal. São 11 unidades de ensino contempladas na gestão compartilhada entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública e outras quatro com o Ministério da Educação. Casos pontuais são averiguados pelas pastas para adoção de providências cabíveis a cada situação. (Via: Metrópoles)

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