Ainda com razoável vantagem sobre Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto, Lula aproveitou um encontro com líderes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) para dizer o que fará com os mais de 6 mil militares empregados por Bolsonaro no governo caso se eleja presidente em outubro próximo.
Simplesmente
os mandará para casa ou de volta aos quartéis. Os olhinhos dos donos de
partidos, incluindo os do Centrão que querem reeleger Bolsonaro, brilharam de
satisfação. Haverá mais lugares para eles e os seus. O apetite dos políticos
por cargos é insaciável, e Lula precisará de apoio para governar.
Mas os olhinhos dos
comandantes das Forças Armadas e de militares graduados ficaram embaçados. O
que Lula disse soou como uma provocação. Militar pode servir à Pátria em
funções públicas. Muitos deles ocuparam funções públicas nos governos do PT.
Por que tentar jogá-los contra os paisanos?
Ficaram magoados,
para dizer o mínimo. Sua adesão ao ex-capitão afastado do Exército por ter
planejado detonar bombas em quartéis só irá aumentar. Magoado com eles, Lula
também está. Ele tratou-os bem nos seus oito anos de governo. E aumentou em
muito o orçamento das Forças Armadas.
A birra dos militares com Lula estende-se à esquerda como um todo. Eles
são de direita. Sua formação é de direita. Militares de esquerda ou simpáticos
à esquerda foram reformados e alguns presos depois do golpe de 64. Bateram continência
para Lula e Dilma porque não tinham outro jeito, não por simpatia.
Viram
em Bolsonaro a chance de voltar ao poder pelo voto. Uma vez que voltaram…
Bolsonaro é ideologicamente confiável. Detestam o Centrão, sinônimo de
corrupção. Mas se sua companhia é necessária para que fiquem no poder, que
seja. A vida é dura, os soldos são baixos. O mundo civil é mais vantajoso. (Via: Metrópoles)
Blog: O Povo com a Notícia
