Os pernambucanos e brasileiros irão às urnas neste domingo para escolher a próxima governadora entre Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (Solidariedade) e o próximo presidente entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). No âmbito local, uma inédita disputa entre duas mulheres marca o fim da hegemonia de dezesseis anos do PSB em Pernambuco, já encerrado no primeiro turno quando Danilo Cabral ficou na quarta colocação.
Marília Arraes e Raquel Lyra ficam frente a frente nas urnas após um início de trajetória em comum. Ambas iniciaram sua trajetória após a ascensão de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco em 2007, onde Marília tentou seu primeiro mandato em 2008 pelo PSB quando elegeu-se vereadora do Recife. Raquel, por sua vez, ingressou na política eleitoral apenas em 2010, quando elegeu-se deputada estadual também pelo PSB. As duas ocuparam secretaria de Juventude, Raquel do estado em 2011, Marília do Recife em 2013, e depois seguiram disputando mandatos eletivos.
Marília Arraes conquistou três mandatos como vereadora na capital pernambucana e chegou à Câmara dos Deputados em 2018, na disputa passada tentou ser prefeita do Recife, mas não obteve sucesso ao chegar ao segundo turno. Raquel Lyra elegeu-se duas vezes para a Alepe e em 2016 conseguiu ser eleita prefeita de Caruaru, sendo reeleita em 2020 com uma expressiva votação. Marília deixou o PSB em 2016, filiou-se ao PT até este ano quando migrou para o Solidariedade para disputar o governo de Pernambuco, já Raquel desde 2016 está filiada ao PSDB, por onde disputou a prefeitura de Caruaru duas vezes, assumiu a presidência estadual do partido e atualmente tenta chegar ao Palácio do Campo das Princesas.
Amigas de juventude, com forte ligação política e pessoal, Marília e Raquel trilharam caminhos distintos nesta eleição, quis o destino que ambas ficassem em campos opostos e chegassem ao segundo turno, prometendo fazer desta eleição uma disputa histórica. Neste domingo, aquela que sagrar-se vitoriosa inaugurará um novo tempo em Pernambuco, que representará não só o fim da hegemonia do PSB, mas também o início de uma nova era representada por aquela que tiver a maioria dos votos dos pernambucanos com uma grande legitimidade política e eleitoral conferida pelas urnas. (Via: Coluna da Folha)
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