Mesmo com o passaporte retido, o envolvimento com a Embaixada Húngara, fez com que a Polícia Federal (PF) visse um iminente risco de fuga de Jair Bolsonaro (PL). Isso só complicou a vida do ex-presidente que agora terá mais um motivo para ser investigado. Contudo, antes de ser efetivamente preso pela PF, Bolsonaro deve sofrer outras sanções, como algumas medidas cautelares.
Entre elas estão, por exemplo, o uso de tornozeleira eletrônica enquanto estiver sendo investigado pela PF e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido deverá ser feito pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. Essa iniciativa de "pegar leve" é um entendimento de que, uma prisão neste momento, poderia fortalecer Bolsonaro e a sua narrativa de perseguição. Uma eventual detenção do ex-presidente só deve ocorrer após o processo transitar em julgado na Suprema Corte.
Até este momento, alguns passos ainda precisam ser cumpridos. Este é o caso de uma denúncia ser efetivamente feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Além disso, a prisão de Bolsonaro precisará ser referendada pelos ministros do Supremo.
"CALCANHAR DE AQUILES"
Como sobredito, essa questão da Embaixada da Hungria pesou contra o ex-presidente. Isso porque o entendimento é de que o ex-presidente teria buscado asilo político. Essa linha de raciocínio ocorre mesmo depois da defesa dizer o contrário e afirmar que Bolsonaro queria "manter contatos" com o país de Viktor Orbán. Essa nota da defesa, inclusive, foi interpretada como algo "risível" e "patética" pelos investigadores da PF.
Vale lembrar que anteriormente, Moraes já analisou pedidos de asilo político como motivo de manutenção de prisão preventiva. Em agosto de 2021, por exemplo, o ex-deputado bolsonarista, Daniel Silveira (PTB) passou por essa situação e teve sua prisão mantida pelo ministro do STF. Com informações do Blog do Noblat, do Metrópoles.
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