Nesta terça-feira (26), o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, se defendeu publicamente durante votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para autorizar sua prisão. Segundo Brazão, ele e Marielle tinham um "ótimo relacionamento".
"A gente tinha um ótimo relacionamento. Tivemos só uma vez, um debate onde ela defendia uma área residecial de interesse, que eu também defendia. Inclusive defendemos Rio das Pedras, que o prefeito e agora senador Crivella (Republicanos - RJ) queria construir prédios, e a Marielle esteve do meu lado na mesma luta. Parece que cresce um ódio nas pessoas buscando alguém, não importa quem", disse.
Durante a sessão, o relator do caso na CCJ, Darci de Matos (PSD-SC) apresentou um parecer favorável à manutenção da prisão do parlamentar, que foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Brazão acompanhou a sessão da CCJ remotamente a partir do presídio da Papuda.
A votação acontecerá esta semana caso o presidente da Câmera, Arthur Lira (PP-AL), leve o caso diretamente ao plenário. Caso a CCJ não emita sua posição dentro do prazo de 72 horas a partir do recebimento da notificação do Supremo, Lira poderá fazê-lo somente na quinta-feira, 28, quando o prazo se encerra. Se ele optar por não fazer isso, a votação pode ser adiada para abril, devido ao recesso de feriado da Semana Santa.
Prisão
Chiquinho Brazão foi preso no último domingo (24), ao lado de seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa.
Acompanhe o Blog O Povo com a Notícia também nas redes sociais, através do Facebook e Instagram.