Mateus da Costa Meira, que cumpriu 25 anos de pena, por ter matado três pessoas e ferido cinco, em um cinema de São Paulo, obteve liberdade oficializada na semana passada. O crime aconteceu em 3 de novembro de 1999, quando o baiano entrou na sala de cinema do Shopping Murumbi e disparou uma submetralhadora durante o filme Clube da Luta. O homem estava internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Salvador.
Em 2004, ele foi sentenciado a 120 anos e seis meses de prisão, mas essa pena foi reduzida em 2007 para 48 anos e nove meses. Neste ano, um nova decisão permitiu sua desinternação foi publicada no dia 18 de setembro, mas o advogado de Meira não confirmou oficialmente sua soltura.
Na prisão, Meira enfrentou uma acusação de tentativa de homicídio contra um companheiro de cela em 2009. Anos depois, em 2011, ele foi considerado inimputável devido a um diagnóstico de esquizofrenia. No entanto, exames realizados em 2019 indicaram que ele não apresentava mais periculosidade.
Dentre as condições impostas pela Justiça para reintegração a sociedade estão a manutenção de um bom relacionamento com amigos e familiares, recolhimento domiciliar à noite e a proibição de portar armas, consumir álcool ou drogas, além de frequentar festas e bares. Essa decisão foi fundamentada a partir das novas diretrizes de desinternação da política antimanicomial, afirmando que Meira estava apto a reintegrar-se à sociedade e à sua família, destacando que o homem condenado deverá seguir um tratamento em uma rede privada de saúde.
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